O Tribunal da Comarca de São Vicente voltou a enviar para a Cadeia de São Vicente um jovem de 17 anos por constituir perigo para a sociedade e a família. O indivíduo acabou de cumprir prisão preventiva por crime de roubo. Mas em julgamento, o Juízo Crime declarou-o inimputável por padecer de perturbações mentais derivadas do uso abusivo de drogas. Foi-lhe aplicada uma medida de segurança de internamento. O jovem estava no centro de tratamento de toxicodependentes, porém, foi expulso por conduta imprópria.
No domingo, por motivos de segurança, o Tribunal enviou para a cadeia de São Vicente um jovem conhecido por Ketcha, residente em Espia. Referenciado nas autoridades criminais como “caçubodista”, o indivíduo foi para a prisão em Janeiro de 2013, depois de assaltar um casal de turistas à mão armada. Mas com o passar dos meses, o jovem que é usuário de drogas, deu indícios de padecer de perturbações mentais, por isso, passou a dispor de apoio psiquiátrico na prisão.
Inimputável
Para confirmar as suspeitas, o indivíduo foi sujeito a tratamento médico e as autoridades confirmaram que o mesmo apresenta transtornos psíquicos. Sujeito a julgamento em Novembro, o Juízo Crime obteve provas e com base na lei declarou-o inimputável por não ter sanidade mental para avaliar a ilicitude da sua acção.
“Ketcha” foi internado nos serviços de Saúde Mental do Hospital Baptista de Sousa para ser submetido a tratamento médico intensivo. No mês de Dezembro, devido ao seu problema de toxicodependência, foi transferido para a Comunidade Terapêutica Granja São Filipe, Santiago para receber tratamentos de desintoxicação.
Medida de segurança
Porém, no mês seguinte, por estar a provocar distúrbios e a perturbar o funcionamento do centro, o jovem foi expulso e enviado para a ilha de São Vicente. Depois de dois meses em liberdade, continuou a perturbar os familiares e outras pessoas. A Polícia Nacional foi accionada várias vezes para actuar e, agora, o caso chegou às instâncias judiciais no sentido de adoptarem medidas de prevenção.
O NN sabe que o Tribunal mandou-o para a prisão em regime de segurança porque “o jovem passou a sofrer de depressão e enfrenta graves problemas com o consumo de drogas. Neste momento, continua a constituir perigo para a sociedade porque ameaçava agredir as pessoas. Por isso, para prevenir situações dessa natureza no futuro, ele terá de ficar na prisão e ser submetido a tratamento médico intensivo”.