MPD afirma que Cabo Verde não parou no tempo e que hoje os protagonistas são escolhidos pelo povo

30/04/2025 17:09 - Modificado em 30/04/2025 17:09
Vander Gomes, secretário-adjunto do MPD


O Movimento para a Democracia, MPD, em resposta às acusações do PAICV, sobre a ausência dos combatentes da liberdade, no arranque das comemorações dos 50 anos de independência de Cabo Verde, disse que a oposição ainda não entende que depois do 5 de julho de 1975, também aconteceu o 13 de janeiro de 1991, que o regime que impuseram então já não mais impera, que já não precisamos da força, luz e guia de qualquer partido para termos orgulho da nossa nação.

As declarações foram feitas por Vander Gomes, secretário-adjunto do partido, que declarou que em democracia não há legitimidade histórica. “Felicitamos o Estado de Cabo Verde pela forma como organizou, estruturou e está a implementar as festividades dos 50 anos, devolvendo às comemorações ao povo, que é afinal o verdadeiro protagonista e dono da nação independente e democrática”. 

De acordo com o político, a posição do PAICV em São Vicente é “saudosista” e que querem “orientar a ação e o discurso dos eleitos do povo não faz sentido nos tempos de hoje e num Estado de direito democrático. Já não se justifica que, para se conseguir protagonismos e notoriedades pessoais, se tente aproveitar indevidamente da imagem e do contributo de Amílcar Cabral como bengala”, apontou Gomes.

Muito menos, prosseguiu, se justifica que se use esta “figura ímpar, que sempre lutou pela união dos povos da Guiné e de Cabo Verde, com entrega incondicional com o objetivo de provocar divisões e estratificações no seio da comunidade residente e na diáspora”.
Vander Gomes afirma que os 50 anos devem servir para consolidar a unidade da nação. “Por isso, nos regozijamos pela forma como foram abertas as festividades, com ações na rua, junto das pessoas”.

Sublinhou ainda, que Amílcar Cabral constitui também, de facto, uma grande imagem, uma grande figura para o todo o povo cabo-verdiano e homenagear Cabral significa ações diárias.

“Não é apenas num ato isolado que se vai estar a denegrir a imagem de Cabral e toda a luta que Cabral fez para que hoje fôssemos um Estado independente e democrático, com todas as nossas fragilidades, mas também que nos orgulha a todos enquanto cabo-verdianos que sentem com orgulho aquilo que conquistamos durante esses 50 anos como Estado independente”.

NN

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