O grupo carnavalesco “Patchê Parloa”, que levou à avenida o enredo “Turismo o encanto do Sal”, é o “grande” vencedor do Carnaval 2025 no Sal, conquistando os títulos de rei, rainha, mestre de sala e rainha de bateria.
“Patchê Parloa”, que explorou no seu enredo a história e o futuro da ilha do Sal, apresentando-se na avenida com cerca de 400 foliões, distribuídos em oito alas e dois carros alegóricos, mereceu ainda os títulos rainha e o rei do Carnaval, rainha da bateria e mestre de sala.
Já o grupo Gaviões, que tentava defender o título, com o enredo “Salva Rainha da Morna, Herança de Cis”, uma homenagem à rainha da morna e à sua herança cultural, mereceu os prémios de melhor musica, melhor carro alegórico e porta bandeira, conquistando assim o segundo lugar no Carnaval do Sal.
O terceiro classificado foi para o grupo Pedra de Lume na Folia, que este ano saiu pela primeira vez como grupo oficial, apresentando o enredo “Pedra de Lume na Rota do Sal, Mar e Desporto”, celebrando a história e as tradições da localidade.
Kriola África, que foi o primeiro grupo a desfilar na avenida e que apresentou o enredo “África na Alma, Cabo Verde no Coração”, um tributo às raízes africanas e à identidade cabo-verdiana, ficou com o quarto lugar.
Para o presidente do grupo vencedor, Nuno Lopes, é com satisfação que recebem mais este prémio, embora, sublinhou, o grupo tenha trabalhado para merecer mais prémios.
“Estamos satisfeitos com esta vitória, mas trabalhamos para ganhar todos os prémios. Estamos em dúvida quanto ao regulamento sobre o casal de porta-bandeira e mestre de sala que foi dividido entre os grupos, mas estamos satisfeitos com o nosso trabalho que nos desafiou muito para colocar um Carnaval do tipo na rua”, frisou.
Destacou os vários apoios dos parceiros que têm permitido com que os grupos consigam prestar um trabalho cada vez mais bem elaborado e bonito de se ver nas ruas e preparar já a próxima edição.
Já o presidente de hora do grupo Gaviões, José do Rosário, mostrou-se bastante insatisfeito com os resultados, destacando que os jurados “estão a tirar o mérito do trabalho feito pelo grupo”.
“Tivemos um grande trabalho com os reinados, melhor comissão de frente e a melhor batucada que tem na ilha e nada disso foi valorizado, o que nos desmotiva continuar a fazer o Carnaval no Sal”, expressou.
Para a mesma fonte o que aconteceu na entrega dos prémios foi uma divisão dos prémios, acusando que os júris que avaliam os grupos “não têm formação” necessária para o trabalho que prestam.
Com relação aos prémios arrecadados, os reinados vencedores levaram para casa um prémio monetário no valor de 60 mil escudos cada.
A rainha de bateria recebeu de prémio 35 mil escudos; porta bandeira e mestre de sala 40 mil escudos cada, melhor carro alegórico arrecadou o prémio de 150 contos, cabendo ao grupo vencedor 300 mil escudos e 200 mil para o segundo colocado e 100 mil para o terceiro lugar.
Inforpress/Fim