Sindicato dos Trabalhadores de São Vicente diz que funcionários da CV Handling laboram numa cave infestada com baratas e ratos 

16/05/2023 17:56 - Modificado em 16/05/2023 17:56

O Sindicato dos Trabalhadores de São Vicente (STSV), criado na ilha em agosto de 2023, e que ocupa a sede da União dos Sindicatos de São Vicente (USSV), denunciou hoje condições precárias de trabalho dos trabalhadores da CV Handling em São Vicente, que segundo a presidente do sindicato, coloca em causa a saúde dos profissionais. 
A informação foi avançada em Mindelo, em conferência de imprensa pela presidente interina do STSV, Maria Auxiliadora Oliveira, que explicou que as denuncias foram apresentadas pelos trabalhadores da empresa, que agastados com a situação procuram a sua resolução.

De acordo com a sindicalista, a CV Handling permiti que os seus trabalhadores laborem em condições insalubres ou seja, numa cave infestada de baratas e ratos, com acumulação de gases e ruídos de equipamento de operação. “Um verdadeiro atentado a saúde dos trabalhadores, pela discriminação no processo de enquadramento de trabalhadores, pela falta de diálogo entre a gestão dos colaboradores, existência de um assédio moral na empresa numa clara violação da lei trabalhista e da convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho, OIT”.

E por ser um sindicato que abrange todos os sectores de atividade da ilha, as denúncias estendem-se também à classe dos professores e marinheiros. “Os marinheiros de São Vicente, tem como preocupação primordial a violação sistemática e constante dos seus direitos e a cada dia que passa veem-se impotentes sem poder fazer nada e sem saber a quem recorrer”, apontou a sindicalista diz ainda que, os professores tem sofrido atrasos no pagamento dos salários entre outras reivindicações.

São problemas que segundo Maria Auxiliadora são expostos todos os dias por profissionais que sentem os seus direitos a serem sistematicamente violados.

A sindicalista chama atenção ainda para problemas que na sua óptica tem afectado profissionais da saúde da ilha. Diz que muitos médicos terminam o estágio no Hospital Baptista de Sousa não são contratados e ficam no desemprego, mesmo sabendo que existe carência de médicos em Cabo Verde. “Enfermeiros, técnicos de saúde, pessoal do serviço administrativo, ajudante de serviços gerias também sofrem com a espera exagerada por uma colocação após o estágio profissional. 

Outros técnicos, prosseguiu Oliveira, com contratos precários vivem momentos de angústia porque não sabem se os seus contratos serão renovados, mesmo com a falta de profissionais para cobrir colegas em caso de baixa medica ou licença.

Denunciam ainda o Ministério de Saúde pela redução arbitraria e abusiva do subsídio atribuído a enfermeiros e condutores que acompanham os doentes de Santo Antão para São Vicente sem nenhuma explicação.

Conferência de imprensa para chamar atenção das atividades competentes da necessidade urgente de se resolver um conjunto de questões que tem afetado uma boa franga de trabalhadores filiados no sindicato.

Em São Vicente, os trabalhadores vivem momento de aflição, não só provocados pela subida de preços de produtos de primeira necessidade, mas também das constantes violações dos seus direitos.

EC

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