O ministro do Mar, Jorge Santos, garantiu hoje, na ilha do Sal, que as obras do pontão de Santa Maria, vão ser adaptáveis às condições do mar aberto, com a proteção e estabilidade necessária.
Jorge Santos fez essa afirmação durante uma visita ao Pontão de Santa Maria, que foi parcialmente destruído no passado dia 11 de Outubro, devido ao agravamento do estado do mar, que afectou as zonas costeiras da ilha, resultado da passagem de uma onda tropical.
De acordo com o ministro, foi declarado estado de calamidade para permitir alocar recursos adicionais, para fazer face aos prejuízos e restabelecer as ligações, bem como investir em soluções provisórias de curto prazo para normalizar a vida daqueles que utilizam o mar.
“É um projecto já com financiamento do Banco Mundial, projecto que já está na sua fase de concurso, mas que essa tempestade vem trazer um alerta de que é necessário ter uma infraestrutura adaptável às condições naturais do mar aberto de Santa Maria. Por isso o relatório já está feito, as recomendações estão feitas e estamos em condições de tomar as decisões”, explicou.
Jorge Santos garantiu, por isso, que o Pontão vai ser construído brevemente, mas sem indicar uma data concreta do que será um “projceto estável e consistente” para transferir e transportar toda actividade económica e criar todas as condições de segurança.
Por outro lado, sublinhou, durante a visita foi possível escutar os pescadores, e obter deles ideias de soluções temporárias até que se arranquem as obras do Pontão.
“Não é por acaso que nós começamos por falar com os pescadores, registar o que eles disseram, e isso é fundamental para os futuros projectos que nós vamos fazer a curto prazo, uma delas é de criar uma possibilidade de termos aqui um cais flutuante para minimizar a saída e a entrada das embarcações de pesca em segurança”, continuou.
É neste sentido que o ministro diz se fazer acompanhar da concessionária dos portos de Cabo Verde, Enapor, para discutir e “sintonizar” uma solução durável e segura para o pontão de Santa Maria
“As adjudicações têm de ser diretas, porque nós estamos a ver qual é a necessidade que isto está a deixar aos utilizadores, portanto a causa dessa urgência, mas com certeza que o projecto não regressou à fase inicial, mas sim agora vai-se reestruturar o projeto”, sustentou.
“Portanto, no quadro da execução da obra, reestruturar o projecto que é de um pontão com 125 metros de comprimento, tem uma maior abertura em termos de largura, vai permitir instalar o mercado de peixe, os quiosques para a venda de peixe, também o espaço para os pescadores se movimentarem”, continuou.
Em conclusão, o governante frisou que vai ser feita também, ainda neste âmbito, limpeza e a desobstrução do mar, mas que esta é uma ação que implica ter alguns equipamentos, para que se possa eliminar esses obstáculos que impeçam a entrada e a saída em segurança dos botes de boca aberta.
Inforpress/Fim