CNE aponta esforço colaborativo conjunto de várias instituições como estratégia para garantir integridade do sistema eleitoral

16/10/2024 16:22 - Modificado em 16/10/2024 16:22

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou hoje que até o país ter um quadro regulatório legal, a estratégia para garantir a integridade do sistema eleitoral passa por um esforço colaborativo conjunto de várias instituições.

Estas afirmações foram feitas pela presidente da CNE, Maria do Rosário Gonçalves, em declarações à imprensa, no âmbito de um encontro alargado sobre a “Preservação da Integridade das Eleições face à Desinformação e Informações Falsas durante o Período Eleitoral”.

O evento segundo a instituição constitui um espaço de reflexão e debate sobre as estratégias para combater a desinformação no período eleitoral, com vista a garantir a integridade do processo democrático em Cabo Verde.

Para a presidente da CNE, até que o país tenha um quadro regulatório legal, a estratégia para combater a desinformação, sobretudo agora com o uso da inteligência artificial, passa por um esforço colaborativo conjunto de várias instituições.

“Falamos designadamente numa relação estreita com os provedores de serviço nas plataformas digitais, falamos das redes sociais, fazermos também um trabalho conjunto com as universidades, os órgãos de comunicação social tradicionais, que tem um papel fundamental no combate à desinformação, através da promoção e do reforço de informações credíveis”, precisaram.

Segundo a CNE, é importante também que sejam criados acordos e colaborações com instituições que trabalham na prevenção e repressão de condutas que possam pôr em causa a integridade do processo eleitoral nas plataformas digitais.

“E pensamos que o Estado deve resolver imediatamente essas questões para que todas as potencialidades das novas tecnologias possam contribuir para modernizar o processo eleitoral e facilitar a participação do cidadão”, sugeriu.

Maria do Rosário indicou ainda que o facto de o país ter instituições muito tradicionais e com capacidade de resposta não adequada e não acelerada compatível com a velocidade das redes sociais também constitui um problema.

Neste sentido, asseverou que a CNE já recorre à utilização da inteligência artificial para várias actividades que têm desenvolvimento, nomeadamente, na educação cívica e criação de conteúdo, afirmando que as novas tecnologias também trazem algo positivo para o processo se for bem utilizada.

Daí que, segundo esta responsável, o que perspectivam com o encontro de hoje é que no final possam chegar a um entendimento ou um alinhamento com as redes sociais que estão convidadas, como a plataforma do TikTok, do Meta e do Google, com vista a identificar conteúdos que põe em causa a verdade e a integridade do processo eleitoral.

Um outro objectivo pretendido é que seja criado um centro de “checagem” e de confirmação da veracidade das informações em concertação com demais instituições.

O encontro contou com a participação de jornalistas, representantes das Comissões Eleitorais de Portugal, Brasil e África do Sul, instituições, partidos políticos, ONG e público interessado.

Inforpress/Fim

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