O médico de Saúde Pública, do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Pedro Santos, alertou hoje à sociedade para os efeitos do calor extremo na saúde, especialmente para grupos vulneráveis como crianças e idosos.
Pedro Santos falava em declarações à Inforpress à margem de um evento de celebração do Dia Internacional para Redução dos Riscos de Desastre, que se assinala no dia 13 de Outubro, sobre o tema o “Empoderamento da próxima geração para o futuro resiliente”.
Este responsável, que participava enquanto conferencista, abordou o tema “Efeito do calor e umidade externa na saúde humana”, chamou atenção para os potenciais efeitos do calor extremo na saúde, enfatizando que, embora o país ainda não tenha registado casos de temperatura extrema, a preparação é “fundamental”.
Disse ser “importante” preparar a população para os efeitos da temperatura extrema na saúde humana, ressaltando os riscos de desidratação, especialmente entre grupos vulneráveis que podem ser “gravemente” afectados pelo calor excessivo.
“Quando falamos de calor extremo, não podemos ignorar que isso pode resultar em condições graves de saúde, (…), os idosos, muitas vezes com menor autonomia, podem não ter acesso fácil à água, enquanto as crianças, com seu sistema de regulação térmica ainda em desenvolvimento, são particularmente susceptíveis”, acrescentou Pedro Santos.
Conforme esta mesma fonte, os sintomas relacionados ao estresse térmico, como dor de cabeça, tontura e desmaios, enfatizando os perigos associados ao aumento das doenças transmitidas por alimentos, que se deterioram mais rapidamente em altas temperaturas.
“A exposição prolongada ao calor pode resultar em diarreia e vómitos, o que agrava ainda mais a desidratação”, mencionou.
Para combater esses riscos, o especialista recomendou algumas medidas de precaução, como por exemplo que as pessoas bebam água regularmente, que façam o uso de protector solar, chapéus e evitem a exposição ao sol entre 10:00 e 16:00.
Pedro Santos recomendou ainda uma maior colaboração das autoridades locais, que, no caso de previsões de calor extremo, é “essencial” emitirem alertas claros e antecipados para a população, garantindo que todos saibam como se proteger.
Inforpress/Fim