Morte de Gestante: PR pede auditoria global ao Sistema Nacional de Saúde

3/10/2024 16:12 - Modificado em 3/10/2024 16:12

O Presidente da República instou hoje, mais uma vez, as autoridades competentes a realizar uma auditoria global ao Sistema Nacional de Saúde para avaliar o seu desempenho e a qualidade dos serviços prestados aos cabo-verdianos.

Ao ser abordado pelos jornalistas para comentar os casos de alegado desaparecimento do corpo de um bebé e da morte de uma gestante, ambos no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), na Praia, o chefe de Estado lamentou as mortes e o facto das situações terem acontecido novamente.

Lembrou que no caso da morte de sete bebés recém-nascidos, ocorrido no Hospital Baptista de Sousa (HBS), em São Vicente, em 2023, apelou às autoridades a fazerem uma auditoria a todo sistema de saúde para analisar o seu desempenho, a qualidade dos serviços prestados e responder às inquietações dos cidadãos e da sociedade.

José Maria Neves, que falava à imprensa, depois de presidir a abertura de uma conferência sobre “Alterações Climáticas”, afirmou que essa auditoria nunca foi feita.

“Eu penso que é preciso sermos muito atentos e rigorosos em relação a essas questões”, sublinhou.

“Agora temos novas situações e precisamos, definitivamente, de ser consequentes e de fazer uma avaliação, uma auditoria geral a todo o Sistema Nacional de Saúde, ao seu desempenho, à forma como os serviços estão organizados, à qualidade dos serviços que são prestados e tomar medidas pertinentes”, defendeu.

Para o chefe de Estado, essa auditoria irá trazer respostas às inquietações da sociedade civil e dos cidadãos cabo-verdianos, mas também irá concluir se há ou não degradação do Sistema Nacional de Saúde.

Através das redes sociais, o familiar de uma jovem denunciou o caso de alegada negligência médica que culminou com a morte da gestante grávida de 38 semanas ocorrida na quinta-feira, 26 de Setembro.

Na última segunda-feira, 30 de Setembro, Maria Tavares e Danielson Vaz, pais de um par de gémeos, manifestaram o seu desagrado com o hospital da Praia, depois de terem conhecimento de que o corpo do bebé desapareceu da estrutura hospitalar.

Os gémeos nasceram prematuramente em Julho e um dos um bebês morreu após o parto e o outro ficou internado durante dois meses.

Na semana passada, a 24 de Setembro, foram informados de que o outro bebé faleceu, mas até à data não conseguiram fazer um enterro digno ao recém-nascido porque ninguém sabe do paradeiro do corpo.

No domingo, 29 de Setembro, através de um comunicado, a administração do HUAN lamentou a morte da jovem Tatiana Isabel Moreira, grávida de 38 semanas e dois dias, ocorrida durante o parto.

Na terça-feira, 01 de Outubro, a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, reafirmou que já foi aberto um inquérito para averiguar essas situações e assegurou que as responsabilidades serão assumidas e comunicadas com toda transparência.

Inforpress/Fim

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