Parlamento: PAICV MPD e UCID divergem sobre as promessas de melhoria da qualidade da Comunicação Social 

10/05/2023 18:28 - Modificado em 10/05/2023 18:28

A deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Carla Lima, disse hoje no Parlamento que o Governo tem falhado as promessas de melhoria da qualidade da Comunicação Social no país.

“As medidas anunciadas no ano passado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, para brevemente, nunca chegaram a ser implementadas”, disse Carla Lima. A deputada apontou ainda para a revisão do quadro de incentivos à imprensa privada, bem como para a revisão da lei da publicidade institucional e do Código Geral da publicidade, para um serviço de transporte e difusão de sinal, para o fomento da produção independente de programas audiovisuais, para as políticas de acesso à Internet de banda larga, para um regime fiscal mais favorável à imprensa privada e também para linhas de crédito de apoio ao investimento em transformação digital.

“Tudo promessas de Ulisses Correia e Silva, que nós continuamos à espera”, apontou a parlamentar que garantiu que as promessas anunciadas com pompa e circunstância num debate na casa parlamentar, pelo governo, “nem uma única foi cumprida”, afirmou.

Prosseguindo, disse que quando se fala da liberdade em Cabo Verde, os prejuízos e as perdas não se ficam apenas pela liberdade de imprensa, uma vez que outras liberdades, direitos e garantias plasmados na Constituição da República, afirmou, também têm sofrido “graves atropelos”, desde logo a liberdade de expressão.

Ja a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição), Dora Pires, defendeu hoje no parlamento a necessidade de se trabalhar para dotar Cabo Verde de uma Comunicação Social “mais aberta”.

Dora Pires intervia assim na sequência de uma declaração política do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) feita pela deputada Carla Lima, versando a questão da Liberdade de Imprensa, nomeadamente o último relatório dos Repórteres Sem Fronteiras, em que Cabo Verde subiu três posições, do 36º para 33º posto.

“Se nós descemos, nós ficamos tristes. Se subimos muitas vezes no ranking, isso passa despercebido, mas de qualquer forma, a UCID reconhece esta subida, mas nós gostaríamos aqui de dizer que realmente nós precisamos de trabalhar mais para termos uma comunicação mais aberta, mais fluida, mais respeitada em todos os seus parâmetros”, disse.

A UCID, afirmou Dora Pires, reconhece que Cabo Verde tem “bons profissionais”, mas reconhece, por outro que, assim como em todas as áreas, há bons e maus, mas aqui gostariam de incentivar os jornalistas e deixar uma palavra de ânimo no sentido de serem o mais fiel possível, o mais dedicado e que façam o seu trabalho da melhor forma.

Dora Pires salientou ainda que não se pode agradar a gregos e a troianos, mas que em relação à Comunicação Social os profissionais desta área poderão agradar a todos, desde que façam o seu melhor e sejam isentos e sejam realmente um jornalista em todos os aspectos.

O Movimento para a Democracia (MpD-poder), através da deputada Antonieta Moreira, disse que o Governo tem “mostrado e dado sinal claro” em matéria da Comunicação Social, exemplificando com investimentos feitos nos órgãos públicos.

“Cabo Verde tem sim liberdade de imprensa, não é um feito acabado, é um feito em que todos nós, tanto políticos, Igreja e sociedade civil organizada e todos os cabo-verdianos, devemos trabalhar para construir ainda mais essa liberdade que é almejada por todos nós e principalmente por todos que trabalham na Comunicação Social, em particular os jornalistas”, disse.

Antonieta Moreira prosseguiu frisando que esse Governo, liderado por Ulisses Correia e Silva, “tem mostrado e tem dado sinal claro na matéria de comunicação social”, podendo ser vistos os investimentos que se está a alocar nos órgãos públicos de Comunicação Social, tanto rádio como televisão, bem como a Inforpress.

Inforpress

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