O ministro da Agricultura e Ambiente disse hoje, no Mindelo, que o Governo quer ajudar os produtores a melhorarem as condições das unidades de exploração com os programas de incentivo à agricultura e à pecuária.
Gilberto Silva, que falava à imprensa a propósito da apresentação do programa aos produtores agrícolas e pecuários de São Vicente, explicou que os incentivos, avaliados em 700 mil contos, são direccionados aos produtores da classe B.
“Vamos investir, ajudar os pecuaristas a investirem nas suas explorações, de modo a que o País, no seu todo, ganhe em matéria de produção, de rentabilidade e, sobretudo, da segurança sanitária, cumprindo com a lei da pecuária. Já em relação às estufas agrícolas, é um grande objectivo do Governo modernizar a agricultura e, ao mesmo tempo, adaptar o sector às mudanças climáticas”, afirmou.
Segundo o ministro, neste incentivo o Governo vai utilizar a mesma metodologia que a subvenção da lei da gota-a-gota. Ou seja, clarificou, o Estado entra com 50 por cento (%), mas com um valor máximo de 600 contos.
“Significa que um agricultor que quer montar estufas até 1.200 contos, o Estado pode entrar com 600, se menos, sempre com metade, mas se fizer um investimento muito maior, com 1.200 contos, nós entramos com um máximo de 600 contos, mas será, na mesma, com um impulso muito grande para, digamos, aumentarmos as culturas protegidas no nosso País e, com isto, tirar todas as vantagens desta tecnologia”, acrescentou.
Conforme o Governante, na questão da pecuária familiar os criadores terão que participar, mas, acima de tudo, com a disponibilidade de melhorarem as suas explorações.
Segundo Gilberto Silva, o Estado entra com o financiamento para as alterações que os criadores terão de fazer nas respectivas unidades, mas eles deverão manter-se disponíveis em receber a formação, assistência técnica e em mudar o sistema de manejo de modo a proporcionar o salto qualitativo que se deseja.
“O que nós pretendemos é ajudar também aqueles que não têm estas condições para respeitarem as normas, portanto, criarem as condições e respeitarem normalmente as normas sanitárias, protegendo também os consumidores deste País”, assegurou.
Para o presidente da Associação Agropecuária do Calhau e Madeiral, Adirley Rodrigues, este incentivo do Governo vai ao encontro da necessidade dos agricultores de modernizar os produtos no mercado.
“Este incentivo de estufa veio a calhar porque, com o projecto de dessalinização de água, se tivermos o projecto de subvenção e estufa na nossa propriedade conseguiremos ter uma produção adequada às exigências de São Vicente”, opinou.
Conforme o agricultor este novo programa difere dos demais já lançados pelo Governo, por se tratar de quando o próprio agricultor que investe parte do seu capital ele terá mais cuidado com os instrumentos para produzir mais e ter lucro e evoluir-se da agricultura familiar.
Inforpress/Fim