secretário executivo regional do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), em São Vicente, considerou hoje a adesão dos professores à greve “muito boa” e esclareceu que os docentes estão a concertar-se de acordo com o respectivo período lectivo.
Nelson Cardoso falava aos jornalistas a propósito da greve que arrancou hoje e com término previsto para sexta-feira com uma manifestação dos docentes a partir da Praça Dom Luís.
“A adesão é muito boa.Portanto, há algumas escolas que praticamente temos 100 por cento (%) se não considerarmos o pessoal da gestão. Por exemplo, aqui na escola Jorge Barbosa temos apenas três professores que por questões religiosas não aderem à luta e o que podemos dizer é que a resposta é muito positiva por parte dos professores”, declarou.
Segundo o sindicalista, desta vez os professores que dão aulas de manhã concentraram-se à frente das respectivas escolas nesse período e os que leccionam à tarde farão o mesmo, mas pelo que constatou a participação tem sido boa.
Para Nelson Cardoso, a razão fundamental da greve é a “imposição abusiva do Governo” do Plano de Cargos Funções e Remunerações (PCFR) além de não terem publicado o diploma sobre os subsídios pela não redução da carga horária.
“A publicação dos subsídios deveria ser feita em Julho, em compromisso. Ainda não fizeram a publicação nem o pagamento. Portanto, com este Governo, como disse antes, é só ver para crer”, disse.
Questionado sobre a decisão de alguns professores de não aderirem à greve para não perderem os dois dias de salário, o secretário executivo regional do Sindep disse que a luta tem exigido sacrifício.
“Portanto, cabe a cada um analisar se ele quer continuar a perder para o resto da sua carreira ou perder um dia de salário”, argumentou a mesma fonte, que se diz “triste e desiludido com as declarações do primeiro-ministro”, de que “não há razão para nova greve” considerando tais afirmações “uma tentativa de manipular a sociedade”.
Segundo Nelson Cardoso, a greve conta com o suporte de todos os sindicatos representativos dos professores e após a manifestação de sexta-feira a classe docente usará outras formas de luta, caso a situação persistir.
Inforpress