Na sequência da notícia sobre o atraso na realização da autópsia ao corpo da jovem Jennifer Lopes , assassinada, alegadamente, pelo ex-companheiro na madrugada do dia 01 de agosto, na zona de Ribeira Bote, em São Vicente, vários cabo-verdianos condenam as autoridades competentes, que “obrigam os familiares a um sofrimento a dobrar”. Isso após 30 dias sem a realização da autópsia.
“Perder um ente querido dessa forma e ainda sem poder iniciar o processo do luto, é no mínimo inconcebível”, criticam vários internautas, que consideram “inadmissível” esta situação. E mostram-se solidários aos familiares, em especial a mãe que não tem conseguido fazer o seu luto.
É que após 29 dias em câmara fria no Hospital Baptista de Sousa (HBS) ainda não foi feita a autópsia. Uma situação angustiante para a mãe que quer que lhe entreguem a filha para que possa dar-lhe o seu descanso.
E isso, alegam que é uma falta de respeito para com a família e “incompetência dos responsáveis de saúde e do governo”, que salientam, é um ultraje a toda uma sociedade. “O prolongamento do período de nojo não ajuda a família a fazer o seu luto”.
“Falta de respeito pela pessoa falecida e pelos familiares e relativos”, criticou outro internauta.
“Isso é desumano, vergonhoso, doloroso e uma grande falta de respeito para com a família da malograda”, reforçou outro internauta.
Uma situação, dizem triste e lamentável. “É inaceitável como as autoridades competentes não fazem nada é uma autêntica vergonha para o país”, e esperam que autoridades façam alguma coisa e urgente!
Com 65 anos de idade, a mãe de Jennifer Lopes, Francisca Lopes diz que “não é justo ela estar deitada no gelo”, realçou em lágrimas esta senhora que batalha para resolver esta situação.
Jennifer Lopes foi agredida com quatro facadas e não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer. Mãe de três crianças menores, de 12, 8 e 6 anos viu a sua vida ser-lhe retirada, alegadamente, pelo ex-companheiro, em frente às instalações da Copa em São Vicente, com o crime registado por câmaras de segurança.
O principal suspeito, Hernani Lopes, conhecido como “Nany Deportode”, foi capturado cerca de uma hora e meia após o ataque, na zona de Fonte d’Inês.
Segundo os familiares, não foi a primeira vez que houve relatos de episódios de agressão da parte de Hernani.
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