UCID chama a atenção do governo sobre empresas que estão sufocadas com o IVA

9/05/2023 17:17 - Modificado em 9/05/2023 17:17

A deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), chamou, hoje, a atenção do governo sobre a situação de diversas empresas que, segundo Dora Pires estão sufocadas com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). 

A deputada pediu mais investimentos para melhorar a vida dos cabo-verdianos e disse que os democratas-cristãos vão propor ao governo na sessão parlamentar de amanhã algumas medidas para ajudar as empresas a superar a crise.

“Falamos destes aspetos no sentido de sermos esclarecidos. Se há arrecadação de mais impostos e se há dinheiro, quer dizer que este dinheiro deve ser investido para melhorar a vida dos cabo-verdianos”, afirmou Dora Pires, em conferência de imprensa realizada em São Vicente.

Uma das medidas propostas pela deputada da UCID é retirar o IVA de alguns produtos, como a farinha de trigo, que é um alimento na alimentação dos cabo-verdianos.

“Se o governo está bem então vamos ajudar quem precisa, fazendo um reajuste salarial, ou diminuir IVA onde é necessário para ajudar neste caso os empresários nacionais para que possam ter mais lucro, criar mais postos de trabalho e termos assim a vida facilitada aos cabo-verdianos”, disse Dora Pires.

A deputada também defendeu a necessidade de mais investimentos para apoiar os empresários nacionais e gerar mais empregos. “Precisamos de um governo mais atuante, que apoia na prática os investidores nacionais a implementarem os seus projetos para que estes possam produzir, gerar riqueza e criar postos de trabalho”, afirmou.

Dora Pires também mencionou a situação da empresa Nortuna, que enfrenta dificuldades para iniciar a produção devido ao alto custo do IVA. “Há projetos como exemplo Nortuna (Aquacultura do Atum) que antes de iniciar a produção, é logo sufocada com o IVA, mesmo que as Algas e os óvulos danifiquem e já não servem, são despachados para serem lançados fora, têm de pagar o IVA, isto não incentiva, mas desmotiva o investidor”, disse.

A deputada também citou a reclamação de empresários de São Vicente sobre a falta de matéria-prima e os altos juros de financiamento. “Também a queixa é sobre o financiamento a juros elevados, 7% e alegam que se o estado deve criar outras condições de acesso ao financiamento a juros mais baixo e acessível”, afirmou.

Mencionou ainda a preocupação com a economia digital, especialmente em relação à E-fatura com várias classes que ainda não estão familiarizados e que o partido já tem conhecidos de várias reclamações.

“Vamos ao debate com estas e outras preocupações e esperemos que haja esclarecimento durante o referido debate para que as pessoas, os cabo-verdianos interessados no assunto tirem as suas dúvidas”, finalizou.


A primeira sessão plenária do mês de maio arranca na quarta-feira, 10, na casa parlamentar com o debate com o ministro das Finanças, Olavo Correia.

AC – Estagiária

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