O projecto “Promover o empreendedorismo na economia azul” tenciona criar 105 empregos directos, 40 por cento (%) dos quais destinados às mulheres, afirmou hoje, na cidade da Praia, a representante da FAO em Cabo Verde.
Ana Touza falava na abertura do Comité de Pilotagem do projecto “Promover o empreendedorismo na economia azul”, do programa de Promoção da Economia Azul – PROMEB II, no âmbito do acordo entre a FAO e o Governo de Cabo Verde.
Financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) em cerca de 628.365 mil dólares, o projecto é um “passo significativo” na transição sustentável do país para a economia azul, alinhada com a Estratégia Unificada para a Promoção da SE adotada em 2019 (CaSUEB) e o Plano Nacional de Investimento para a Economia Azul desenvolvido em 2019 (PNIEB).
Segundo a representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura o projecto tem como foco a redução da pobreza, a melhoria dos meios de subsistência no crescimento económico e no aumento do emprego, especialmente para as mulheres e os jovens.
“Esta é uma meta ambiciosa, mas alcançável, criar 105 empregos directos até o final do projeto, dos quais mais de 40 % são destinados a mulheres, sendo que a iniciativa não só cria empregos, mas também transforma a vida, permitindo que as pessoas possam transformar o sector da economia azul”, precisou.
Neste momento já foram lançadas as bases para estabelecer uma plataforma de coordenação funcional para o empreendedorismo na economia azul, segundo a mesma fonte, promovidas acções de capacitação que beneficiaram mais de 100 pessoas, com uma representação significativa das mulheres, que representam 50 % dos beneficiários.
“Adicionalmente, estamos a prestar assistência a 50 empresários azuis, passando 47 % das actividades planeadas”, acrescentou Ana Touza, que considerou que estes números refletem o compromisso da FAO e o impacto positivo que o projecto está a gerar.
Na ocasião disse ainda que o projecto está a alcançar “progressos notáveis” a nível da promoção do empreendedorismo no sector da economia azul, mas reconheceu que “ainda há muito a fazer” para alcançar os resultados esperados.
Assegurou que, para o próximo ano, a FAO vai continuar a fortalecer o apoio e o desenvolvimento empresarial em parceria com a Pró-Empresa, oferecendo assistência técnica personalizada e adaptada às necessidades específicas dos empreendedores, e disponível para lançar novas iniciativas de capital semente, assim como a 3.ª edição do concurso de ideias.
A FAO vai realizar ainda visitas de acompanhamento aos beneficiários do projecto nas diversas ilhas do país, garantindo que o progresso seja “contínuo, eficaz e sustentável”.
O projecto tem por objectivo reforçar a coordenação entre as diversas instituições que trabalham na promoção da economia azul, capacitar pescadores, vendedores de peixe e jovens integrá-los na cadeia de valor da economia azul e empoderar as mulheres, especialmente as vendedoras de peixe, que desempenham um papel vital na cadeia de valor da pesca.
O mesmo visa garantir a sustentabilidade do desenvolvimento empresarial, promovendo a inovação, novos produtos e mercados como um caminho que não só impulsiona o crescimento, mas também que assegura que seja duradouro e sustentável.
Promovido pela FAO, em parceria com o Ministério do Mar, e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), o encontro contou com a presença da representante da cooperação espanhola, presidente da Pró-Empresa e outros parceiros.
AV/AA
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