A União Cabo-verdiana Independente e Democrática – UCID – augura que ao completar 63 anos de existência, no próximo dia 08 de Setembro, os recursos humanos da Corporação dos Bombeiros Municipais de São Vicente, sejam contemplados com a regularização de todas as situações laborais pendentes.
O presidente da UCID, fez estas afirmações, na manhã desta quarta-feira, 14 de Agosto, ao recordar esta data de forma antecipada esta data, sendo que, já quase a completar 63 anos de existência, diz João Santos Luís, ainda não existe uma estabilização laboral desta classe que consideramos de extrema importância para ilha de São Vicente, na prevenção de riscos e atuação proativa em situações de catástrofes e acidentes diversos.
“Uma ilha como São Vicente devia ter um corpo de bombeiros formado no mínimo por 30 efetivos, no entanto, há já algum tempo são 8, mas somente 6 fazem escalas, sendo que dados oficiais existentes indicam que tem havido uma redução drástica do número de efectivos”.
E cita como exemplo o ano de 2018, altura em que a corporação tinha 17 efectivos, e hoje ao invés de estarmos hoje em 2024 com mais 13 efectivos, completando assim o mínimo exigido, ou seja, menos nove relativamente a 2018.
O que demonstra, segundo a mesma fonte, que a corporação dos Bombeiros Municipais de São Vicente não está no rol de prioridades do atual presidente da Câmara Municipal. “Ajuntando ao número de efetivos reduzidíssimo desta corporação, a falta de concursos, inexistência de avaliação, ausência de promoções, a injustiça em não proceder o reajuste salarial aos bombeiros, são provas mais do que suficientes que colocam os soldados da paz, como persona non grata na gestão de Augusto Neves”.
Portanto, a pergunta que se coloca, conforme Santos Luís, qual a razão destes profissionais, os efectivos como os em situação de reforma merecem ser maltratados e ignorados desta forma?
Diz que ao longo de mais de 30 anos vários bombeiros, que deram toda a sua juventude no exercício desta profissão, em “condições adversas e sub-humanas”, correndo o risco de exaustão profissional, sem folgas, sem pagamento de horas extraordinárias e feriados, foram considerados em Agosto de 2020 como colaboradores de alto níveis de Risco, tendo sido naquela data convidados a iniciarem a pré-reforma.
A UCID entende que se verifica muita “inércia e descaso total” por parte do presidente da Câmara de São Vicente para com os bombeiros, e considera que urge encontrar soluções para a regularização destas situações, permitindo um bom desempenho desta classe profissional.
“Não podemos esquecer que estamos perante um presidente de câmara que está a frente da gestão do município há 14 anos e está completamente, desgastado, sem ideias e sem capacidade de produção e de realização, posicionando na maior parte das vezes contra os recursos humanos que prestam serviço no município, como é o caso concreto dos bombeiros municipais retirando-lhes a priori a possibilidade de continuarem a produzir com foco no desenvolvimento da instituição”.
Portanto, espera que ao completar 63 anos de existência, os recursos humanos desta corporação sejam contemplados com a regularização de todas as situações laborais pendentes, acima mencionadas, bem como com equipamentos e materiais adequados para o exercício das suas atividades profissionais, inclusive um Private Branch Exchange “PBX”, que lhes possibilitem a receção e transferência de chamadas telefónicas, sendo certo que este é por inerência um serviço de emergência.