Eleições Autárquicas 2024 – UCID acusa PM de fazer “joguetes” na marcação da data das eleições

13/08/2024 12:31 - Modificado em 10/09/2024 15:48
João Santos Luís – Presidente da União Cabo-verdiana Independente de Democrática (UCID) – Mindelo

O presidente da União Cabo-verdiana Independente de Democrática (UCID), acusou o primeiro-ministro de Cabo Verde, de “fazer joguetes, atrasando propositadamente” a marcação da data de realização das eleições Autárquicas devido a algumas obras do governo e de várias câmaras municipais que até ainda estão por inaugurar e outras por lançar, para “desta forma tirar proveitos eleitorais com lançamento e inaugurações de obras, antes da marcação do pleito eleitoral”.

João Santos Luís, fez estas acusações, hoje de manhã, durante uma conferencia de imprensa em São Vicente, para denunciar o atraso da marcação da data das eleições eleições no país.

“Ora mesmo sabendo que as balizas permitidas para realização das eleições Autárquicas estão devidamente definidas na CRCV no seu Artigo 108.º/2/a), onde determina que as eleições devem ser realizadas 30 dias antes ou 30 dias depois da data que completem os mandatos”, explicou o presidente da UCID.

E por ser uma competência do governo, ouvido os partidos políticos devidamente inscritos no Tribunal Constitucional, Ulisses Correia e Silva, está a atrasar as datas, isso porque, realçou, a partir do momento que marcar as eleições Autárquicas, estarão proibidas quaisquer inaugurações de obras das câmaras municipais e do governo, bem como a propaganda política através de qualquer meio de publicidade comercial sob pena de violação das leis da República, concretamente do Artigo 113.º/1 do código eleitoral em vigor.

E que agindo desta forma, o primeiro ministro “mostra claramente que, para ele e sua equipa o que vale é defender acerrimamente os interesses meramente partidários e pessoais, em detrimento dos interesses da nação”, apontou João Santos Luís, que acusa o governo de “falta de transparência, lisura e rigor” em muitos processos da governação atual.

Afirma ainda, que Ulisses Correia e Silva pretende com isso beneficiar os autarcas com a mesma cor politica do partido que sustenta o governo.

Uma preocupação do presidente da UCID, deve-se ao facto da Comissão Nacional de Eleições-CN, que poderá ficar apertada na elaboração do calendário eleitoral e de toda a logística que decorre da realização de eleições no país que deve ser respeitado por todas as candidaturas concorrentes.

“O senhor primeiro-ministro tem demonstrado ser pouco sério na governação do país, pois vem de forma clara e inequívoca protegendo autarcas do seu partido, como exemplo mais recente, a proteção de UCS ao edil de São Vicente, que num país sério já teria perdido o mandato como presidente da câmara, visto que em nenhuma parte do mundo existe duodécimos de duodécimos”.

Neste sentido, a UCID exige do primeiro ministro uma postura “responsável e imparcial e mais correto na gestão de um país como Cabo Verde”, que por falta de “capacidade dos governos”, não vem implementando políticas assertivas que promovam o crescimento adequado da economia, criando as condições para melhoria de qualidade de vida dos cabo-verdianos.

photo Elvis Carvalho

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2025: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.