A praia da Laginha, em São Vicente, voltou a receber mais uma edição da prova de natação em mar aberto. O arranque da atividade principal, a travessia Praia da Laginha/ Djéu/Laginha foi dado por volta das 8 horas com a participação de treze nadadores do sexo masculino de quatro do sexo feminino.
Nesta travessia, cujo percurso é de cinco quilómetros, Fabio Samouco, atual campeão do Volta a Djéu, dominou o circuito do início ao fim, com uma estratégia diferente dos concorrentes, e chegou à praia da Laginha, 1 hora, 29 minutos e 22 segundos, 40 segundo a menos do que a sua estreia em 2023.
E vinte minutos a menos que o segundo classificado, Stiven Lima da Boa Vista, com o tempo de 1 hora, 48 minutos e 19 segundos. Em terceiro o irmão Ailton Lima, em representação da ilha do Sal com o tempo de 1 hora e 52 minutos e 53 segundos.
Apesar do tempo, Fábio Samouco diz que este ano foi mais desafiante. “Senti que foi uma prova um pouco mais dura, mas tem sempre o encanto de uma prova de águas abertas. É sempre esta incógnita de como estará a corrente, como estarão as condições e isso faz parte da prova. Tirar partido dessas condições e usufruir do início ao fim é sempre o objetivo e foi isso”, explicou o bicampeão da prova, que no regresso optou por uma nova estratégia.
“Quando chegava ali no enquadramento da ponta João Ribeiro, comecei a sentir que se quisesse vir na direção mais reta deslocava muito menos, então optei por encostar mais pedras e apanhar o mar mais calmo e contornar ali as pedras, e depois vir aqui já na baía, já protegido, tentar vir para a meta já, mas foi duro”, realçou. O tempo, segundo Samouco, não importa, ao invés disso o mérito aos participantes, de todos terem conseguido concluir uma prova com as condições do mar.
Em feminino Filipa Pinto de 29 anos, também de nacionalidade portuguesa fez a travessia em menor tempo, destronou a mindelense Jessica Silva e chegou na praia da Laginha com o tempo de 2 horas 07 minutos e 22 segundos, que também apontou as condições do mar, com muita correnteza na manhã deste sábado.
“Senti muita corrente durante o percurso, e até chegar ao Djéu, ia a receber indicações do remador que me acompanhou e senti muito mais confiante”.
Stiven Lima diz que este ano sentiu a travessia mais dura, e a semelhança das outras três edições, apostou no regresso. Sobre o segundo lugar diz que ficou a faltar mais treino, mas divertiu-se muito. “Eu senti-me livre. A natação para mim é diversão”, apontou o atleta.
Organização satisfeita com os 10 anos da prova – Novos caminhos
Com os 10 anos do Volta a Djéu, a organização diz que tem sido uma década de muita luta, de batalhas para manter este evento em pé e que graças a todos os envolvidos, têm conseguido dar uma boa resposta e que este foi o encerramento de um ciclo e o começo de outro.
Isso, porque a partir do próximo ano, a Djeu-Cv, empresa de atividades náuticas que organiza esta competição em parceria com a Associação Regional de Natação, vai organizar o Circuito Nacional de volta aos ilhéus existentes nas ilhas de Santiago, Maio e Boa Vista que culminará numa final, em São Vicente, com os vencedores das outras provas. E pretendem levar o certame a todas as ilhas.
Além do evento principal, o Volta a Djéu 2024 teve outras atividades paralelas, coma a prova para atletas mirins, em masculino e feminino, que fizeram uma prova de 50 metros na praia.
Bem como veteranos de mais de 50 anos, que competiram num percurso de 1.800 metros, Laginha- Farol da Cabnave-Laginha.
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