Os profissionais da saúde suspenderam a greve a partir das 8h da manhã desta sexta-feira, mediante garantias de novas negociações com o governo. O anúncio foi feito hoje pelo secretário nacional do Sintap, em representação dos sete sindicatos envolvidos. Luís Fortes assegura, entretanto, que caso não houver entendimento, voltarão à greve no prazo de um mês.
A suspensão da greve dos profissionais de saúde, conforme o secretário do Sintap tem a ver com o compromisso do governo em voltar à mesa das negociações com os sindicatos a partir da terça-feira, para rever em os pontos do caderno reivindicativo que motivou a paralisação de dois dos três dias programados.
“Durante esses dias tivemos contato com o governo, mostraram disponíveis para voltarmos à mesa da negociação e depois de dois dias de greve conseguimos passar a mensagem e então determinamos a suspensão da greve hoje a partir das 8h da manhã, explicou Fortes que afirmou que o entendimento irá depender da postura do governo.
“Nós queremos entender também algumas das tabelas remuneratórias. Nós queremos os regulamentos, já demos o nosso contributo para a maioria dos regulamentos, mas também nós queremos ver a publicação da lista dos profissionais técnicos de análise clínica, que há quatro anos fizeram o concurso e falta apenas a nomeação no Boletim Oficial.
Esse é outro aspecto fundamental, prosseguiu o sindicalista que aponta, ainda, a questão do PCFR, do INSP, que ainda nem sequer “temos a versão zero e que prometeram entregar antes da greve”.
Quanto ao prazo para o cumprimento desses pontos, o sindicalista diz que serão definidos durante as negociações, mas avisa que não deverá ultrapassar um mês.
No que toca aos dois dias da greve, as contas dos sindicatos apontam para uma lesão nacional à volta de 90%, o que leva o sindicalista a questionar algumas declarações com o objetivo de colar a luta da classe à política.