O director de Operações Regional, África Ocidental Anglófona do Afreximbank, Eric Monchu Intong, aplaudiu hoje a ideia de Cabo Verde começar a exportar materiais para a CEDEAO, no âmbito do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA).
Eric Monchu Intong manifestou essa satisfação durante o Roadshow de Comércio e Negócios 2024, evento promovido pela Câmara de Comércio de Sotavento em parceria com o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), que decorre durante dois dias, hoje e terça-feira, na cidade da Praia.
Subordinado ao tema “Catalisar o crescimento da produção local e das exportações no âmbito da implementação do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA)”, a iniciativa visa identificar e promover projectos bancáveis em vários sectores para além do turismo.
“Esta mudança alinha-se perfeitamente com o tema do evento de hoje. A produção local é crucial para aproveitar os benefícios da AFCFTA, que visa criar um mercado único de bens e serviços, facilitado pela livre circulação de pessoas e de investimento. Ao catalisar a produção local e ao aumentar o crescimento das exportações, estamos a preparar o terreno para o desenvolvimento sustentável, a integração económica e a independência financeira”, considerou.
Neste contexto, conta que a Calinex Limited Cabo Verde, empresa com sede na Praia, detentora de uma “grande pedreira” que produz basalto e outras pedras, assinou um contrato de 100 milhões de dólares para fornecer basalto a um parceiro na Gâmbia, durante os próximos cinco anos, com vendas médias anuais de 20 milhões de dólares.
“Este material é fundamental para a construção de estradas e habitações na Gâmbia, onde tais recursos são caros e escassos. A Calinex Limited também está a explorar contratos na Mauritânia e no Senegal”, observou.
Referindo que historicamente a intervenção da Afreximbank em Cabo Verde tem sido orientada para o sector hoteleiro, reconhecendo o seu papel vital no desenvolvimento económico, a mesma fonte destacou a necessidade de se diversificar ainda mais a economia do país e aumentar a sua resiliência, devendo também enfatizar o crescimento da indústria transformadora e das exportações locais.
“Esta mudança alinha-se perfeitamente com o tema do evento de hoje. A produção local é crucial para aproveitar os benefícios da AFCFTA, que visa criar um mercado único de bens e serviços, facilitado pela livre circulação de pessoas e de investimento”, sublinhou, destacando o facto de pela primeira vez em 20 anos, Cabo Verde começar a exportar materiais do país para países membros da CEDEAO.
“E isso é um facto. Esta é uma ocasião tremenda. Ao investir nas indústrias locais, podemos criar empregos, reduzir a dependência das importações e construir uma base industrial robusta que apoie o crescimento económico sustentável”, finalizou.
SC/JMV
Inforpress/Fim