Cabo Verde vai ter brevemente observatório do tráfico de seres humanos – Governo

30/07/2024 13:07 - Modificado em 30/07/2024 13:07

A ministra da Justiça, Joana Rosa, anunciou hoje, na cidade da Praia, que brevemente Cabo Verde vai ter um observatório para monitorizar e identificar situações de tráfico de seres humanos.

“Estaremos brevemente a instalar observatório de tráfico de pessoas, tem sido sempre uma preocupação dos Estados Unidos e vamos juntos com os Estados Unidos e todos os outros parceiros instalar o observatório”, afirmou a governante.

Conforme adiantou em declarações à imprensa, à margem de mesa de reflexão para assinalar o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, o observatório vai ser responsável pelo monitoramento, instalação de equipamentos e recepção de informações, salientando que o foco é na prevenção.

“Quando houver notícias de desaparecimento ou vulnerabilidade, como prostituição ou outras formas de tráfico, o observatório entrará em acção, accionando as autoridades e liderando o processo”, explicou Joana Rosa.

O observatório vai ser instalado em resposta às recomendações dos Estados Unidos, que enfatizam a necessidade de Cabo Verde trabalhar nessa área.

Para esse efeito, Cabo Verde conta com o apoio de parceiros como o Escritório das Nações Unidas sobre as Drogas e Crime (ONUDC), as Nações Unidas e a embaixada dos Estados Unidos.

“Vamos todos trabalhar para reduzir as vulnerabilidades e combater os problemas relacionados a esta matéria, considerando também nossa posição geográfica e vulnerabilidades culturais”, vincou Joana Rosa.

A governante destacou, igualmente, o papel da sociedade civil, que tem suas responsabilidades nesta matéria.

Segundo Joana Rosa, o Governo está a trabalhar em conjunto com algumas organizações não-governamentais (ONG), sobretudo para efectivação do observatório, por terem conhecimento do que se passa nas comunidades e apoiar, assim, a estrutura na prevenção.

O Governo, frisou, está ciente de situações de crianças de e na rua que são utilizadas para o tráfico. Algumas são obrigadas, por várias dificuldades, a aceitar compensação financeira para outros fins, pelo que precisa-se trabalhar nisso.

“Essas são situações que ocorrem no nosso dia a dia e não podemos ignorá-las. Temos que reconhecê-las e encontrar soluções, garantindo que, quando a prevenção falhar, a repressão entre em acção”, assinalou.

A ministra da Justiça realçou ainda a necessidade de o país ter uma Polícia Nacional e uma Polícia Judiciária capacitadas para monitorar essas questões, especialmente a movimentação na sub-região africana, para proteger meninas de práticas prejudiciais.

Cabo Verde precisa, também, de acordo com Joana Rosa, lidar com o fenómeno da imigração, integrando os imigrantes na sociedade para que contribuam para o desenvolvimento do país e a pacificação social.

Inforpress

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