País regista aumento de denúncias de acesso ilícito a redes sociais nos últimos três meses – PJ

17/07/2024 13:50 - Modificado em 17/07/2024 13:50

A Polícia Judiciária (PJ) cabo-verdiana mostrou-se hoje preocupada com o número “fora do comum” de queixas sobre crimes virtuais nos últimos três meses e pediu mais atenção das pessoas sobre os comportamentos nas redes sociais.

O inspector José Brito, da Polícia Judiciária (PJ), indicou hoje, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, que houve um aumento do número de queixas de acesso ilícito a contas nas redes sociais, nos últimos três meses.

O inspector Brito avançou que as queixas abrangem tanto cidadãos comuns como figuras públicas, enfatizando que o aumento fora de comum do número de queixas demonstra que a população está pouco informada ou os cidadãos estão mais ousados nas suas actividades.

Ao receber a queixa, explicou, a instituição encaminha para o Ministério Público e depois segue o processo normal de investigação.

Sem especificar o número de pessoas identificadas que praticaram o acesso ilícito e criação de perfil falso, José Brito adiantou que não consegue avançar com exactidão os dados, mas que em cada denúncia pode ou não haver um suspeito.

Segundo o inspector, o caso da denúncia de perfil falso do Presidente da República encontra-se neste momento em investigação sob a alçada da Polícia Judiciária.

Brito realçou que os cidadãos devem ter “um espírito critico” quando recebem uma proposta duvidosa de uma figura do Governo.

José Brito apelou a população a contactar um familiar ou propriamente a polícia quando se depara com uma proposta “vantajosa ou boa demais” via redes sociais.

“Temos recebido colaboração de páginas de Facebook, Instagram e WhatsApp. São grandes parceiros que, dentro das possibilidades, têm estado a colaborar com a PJ e há casos de sucesso. De uma forma geral aquilo que depende de nós e deles têm estado a caminhar dentro do limite da cooperação”, garantiu, avançando que alguns casos já estão no tribunal.

O principal desafio, avançou o inspector, prende-se com o comportamento do próprio usuário, advertindo as pessoas a não utilizarem os dispositivos para todas as tarefas, não entrar em qualquer página, não abrir todos os links e, sobretudo, respeitar as normas de utilização da internet.

“Uma das situações é que redes sociais não utilizam contacto de terceiro para recuperar a sua conta, ou ele vai pedir o seu email ou o seu número de telefone”, esclareceu, apelando aos pais a estarem mais atentos às acções dos filhos na internet, principalmente, na época das férias escolares.

A Polícia Judiciária emitiu na quinta-feira, 11, um alerta sobre os riscos da apropriação de perfis das redes sociais na sequência de várias denúncias recebidas sobre o crime de acesso ilícito com episódios recorrentes de apropriação indevida de contas.

Na sua página oficial nas redes sociais, a entidade referiu que é um acto criminoso que está a causar na maioria das pessoas “insegurança” ao usar qualquer rede social, e alertou os internautas e a sociedade em geral sobre esta prática “criminosa” e os riscos escondidos por detrás do crime.

O Presidente da República, José Maria Neves, voltou a denunciar na quarta-feira, 10, a criação de perfis falsos na rede social facebook em seu nome e da primeira-dama para tentativas de burla.

Em comunicado de imprensa, a Presidência explicou que estes perfis envolvem esquemas de burla que prometem apoio financeiro em troca de documentações e valores em dinheiro.

Inforpress

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