Presidente da UCID diz que São Vicente continua estagnado e sem perspectivas de desenvolvimento  

17/07/2024 13:01 - Modificado em 17/07/2024 13:01

O presidente da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) afirmou hoje, em São Vicente, que o estado socioeconómico de São Vicente continua estagnado e sem perspetivas de desenvolvimento.

“A ilha continua estagnada, com algumas simulações por parte da Câmara Municipal, por estarmos muito próximos do pleito eleitoral, para efetivamente enganar os mais incautos”.

João Luís fez este diagnóstico, durante uma conferência de imprensa, hoje no Mindelo, no balanço da sua visita de círculo realizada de 13 a 15 de julho foram constatados constrangimentos de várias ordens.

Numa visita que contemplou alguns bairros da ilha, como Vila Nova e Cruz de Papa, Monte Sossego- Alto de São João, Ribeirinha-Zona X e Pedra Rolada e encontrou-se com os Bombeiros municipais de São Vicente, os camionistas e ajudantes que fazem a extração de inertes na zona do Lazareto e ainda visita a algumas obras estruturantes da ilha.

Segundo o político, daquilo que ele pode ver, durantes as visitas aos bairros acima mencionados, constrangimentos de várias ordens foram constatados, nomeadamente atraso na legalização dos terrenos, acesso às residências, água, energia elétrica, fraca ou inexistência iluminação pública e a consequente falta de segurança das pessoas que vivem naqueles bairros, com destaque para o bairro de Alto São João.

“A iluminação pública em São Vicente tem sido uma lástima  com os contribuintes a pagarem para terem os seus bairros iluminados, e que no entanto continuam às escuras, colocando em causa, a segurança das pessoas nos respectivos bairros”, afirmou João Luís.

Ainda segundo o presidente da UCID, a situação dos bombeiros municipais continua por resolver face “a má vontade política do presidente da Câmara Municipal de São Vicente”, e apela ao edil a resolução do problema destes profissionais em situação de pré-reforma, que “estão sendo injustiçados”.

 E apelou ao bom senso da CMSV na resolução da regularização da situação desses bombeiros que estão em pré-reforma, que tudo deram para que a corporação fosse o que é hoje.

A nível desportivo, a situação é a mesma, com obras inacabadas e com descaso da edilidade em concluí-las.

“Tivemos a oportunidade de visitar algumas infraestruturas esportivas, sediadas na ilha de São Vicente, com destaque para o Polivalém da Zona de Fonte Francês, que por descaso e inércia do Presidente da Câmara Municipal, encontra-se completamente abandonada, não obstante o esforço feito pela direcção do Desportivo de Fonte Francês”, criticou este líder político, que afirmou ainda que  o presidente da câmara “rejeita categoricamente emitir uma carta de conforto” para que seja desbloqueada o referido financiamento.

Do mesmo modo, a obra do Polidesportivo da Zona Norte, em Chã de Alecrim, “continua em banho-maria”, não obstante o seu início há mais de 16 anos, e tendo contabilizado mais de 200 mil contos. 

“Os polivalentes das zonas de Calhau e Madeiral continuam em péssimo estado de utilização por jovens daquelas comunidades”, enfatizou Santos Luís que voltou a apontar a obra onde outrora funcionava o edifício do Registro Civil e que será o futuro edifício da Assembleia Municipal, e que continua completamente estagnada.

Com todos estes dados colhidos durante a visita à ilha, João Luís é categórico em afirmar que o estado social e económico da Ilha de São Vicente continua estagnado. 

Elvis Carvalho

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