Oceano sobreaquecido a sul de Cabo Verde deixa meteorologistas americanos alarmados

8/07/2024 15:17 - Modificado em 8/07/2024 15:17

As autoridades cabo-verdianas divulgaram a previsão sazonal, apontando para chuvas “acima do normal” entre julho e setembro e uma “boa campanha agrícola”, alertando, no entanto, para tempestades (na origem de depressões) que podem atingir o arquipélago até outubro.

Meteorologistas americanos estão em alerta com as “temperaturas recordes” registadas este ano à superfície do Atlântico, a sul de Cabo Verde, porque podem originar furacões mais cedo que o normal.

Estes sistemas de baixas pressões têm o nome do arquipélago lusófono por nascerem perto dele, mas o impacto sente-se nas caraíbas e américas, depois de se transformarem em furacões, ao atravessarem o Atlântico em direção a oeste, entre agosto e setembro.

“A temperatura da superfície do mar está perto de um recorde, cerca de 28 graus centígrados”(lê-se no site Yale Climate Connections), calor que fornece ainda mais energia ascendente (baixa pressão) às correntes de ar quente (ondas tropicais) oriundas do interior do continente africano.

Nos últimos anos, o estudo do mar e atmosfera tem permitido a Cabo Verde contribuir para investigações sobre as mudanças climáticas e avaliar a influência na origem de furacões, por exemplo, através do Centro de Investigação Oceanográfica do Mindelo (Ocean Science Center Mindelo – OSCM), na ilha de São Vicente.

As autoridades cabo-verdianas divulgaram há cerca de duas semanas a previsão sazonal, apontando para chuvas “acima do normal” entre julho e setembro e uma “boa campanha agrícola”, mas alertando para tempestades (na origem de depressões) que podem atingir o arquipélago até outubro.

Com Lusa

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