“Governo não resolve problema de conectividade de propósito” -UCID

O Presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), João Santos Luís, acusou o governo de não investir intencionalmente na solução dos problemas de conectividade aérea e marítima no arquipélago. O líder da UCID afirmou que o problema não se resolve com a nomeação de um novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da TICV.

O partido reagiu um dia depois da companhia estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) ter cancelado todos os voos de ontem, 1 de julho, entre ilhas, sem informação, motivando a ira e queixas de inúmeras pessoas.

Em conferência de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, na sede do partido em São Vicente, João Santos Luís afirmou que o problema da conectividade do país resolve-se com a tomada de “medidas sérias”.

O democrata-cristão argumentou que já existe uma empresa, o Transporte Interilhas de Cabo Verde (TICV), que poderia ser utilizada para resolver as dificuldades de transporte. “O governo precisa aproveitar desta empresa, que já tem recursos humanos, que já está criada, e investir em aparelhos adequados que resolvam o problema de vez de transportes interilhas. Mas isto o governo não faz, e não faz de propósito”, afirmou.

O líder da UCID criticou a falta de prioridade do governo, enfatizando que os recursos estão disponíveis, mas são mal utilizados. “No orçamento de Estado existe uma rubrica de 5 milhões de contos para questões de nível internacional, mas o governo continua a colocar 5 milhões de contos e não resolve”, recordou.

Santos Luís também destacou a responsabilidade do governo na atual situação, que segundo este presidente, “há muito tempo não estava a existir”. A solução, segundo este líder, está em “investimentos adequados e parcerias estratégicas”.

O presidente da UCID criticou a gestão do governo atual, que teve tempo e recursos para resolver a situação, mas faltou capacidade de gestão. “O governo está há oito anos a governar, prometeu resolver o problema de transportes e, entretanto, já há oito anos não consegue resolver este problema”, lembrou.

AC – Estagiária