Cabo Verde alinha-se à declaração final de paz na Ucrânia: “Respeito pela soberania é fundamental”

17/06/2024 14:46 - Modificado em 17/06/2024 14:46

Cabo Verde, representado pelo Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva, subscreveu a Declaração Final da Cimeira de Alto Nível para a Paz na Ucrânia, realizada na Suíça. Correia e Silva destacou a importância do respeito pelos princípios da soberania e integridade territorial, alinhando a posição do país com as resoluções das Nações Unidas e enfatizando a necessidade de diálogo e segurança nuclear em meio ao conflito.

Em entrevista ao programa “Outro Olhar” da RCV, o chefe do executivo esclareceu as razões e implicações desse alinhamento para Cabo Verde.

“Cabo Verde subscreve em coerência com a sua posição desde o início deste conflito e desta guerra. Nós já tivemos uma posição nas Nações Unidas de condenação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Em segundo lugar, nós fundamentamos o porquê dessa posição, que é a questão do respeito pelos princípios da soberania e da integridade territorial”, afirmou o Primeiro-Ministro.

Segundo Correia e Silva, a conferência na Suíça ofereceu um fórum equilibrado para discutir várias questões cruciais. “A primeira indicação foi a procura do envolvimento de um diálogo entre as partes, a Rússia e a Ucrânia. A segunda, o respeito pelos princípios da soberania e da integridade territorial, conforme as regras estabelecidas na Carta das Nações Unidas”, explicou.

Outros pontos discutidos incluíram a segurança nuclear e a prevenção do uso de armas nucleares, cujos efeitos seriam catastróficos. “Garantir que o uso de armas nucleares não seja feito como pretexto para qualquer intervenção nesta guerra é crucial”, destacou Correia e Silva.

O Primeiro-Ministro também ressaltou a preocupação com os impactos da guerra na cadeia alimentar global. “A Ucrânia e a Rússia são grandes produtores de cereais, e já houve períodos de impactos inflacionistas inovados. A segurança alimentar, portanto, é uma preocupação, garantindo a produção e distribuição, e a segurança dos portos do Mar Negro e do Mar de Azov”, afirmou.

Além disso, a troca de prisioneiros e a deportação de crianças ucranianas foram pontos essenciais no comunicado conjunto que Cabo Verde subscreveu, juntamente com outros 11 países africanos e um total de 100 países e organizações internacionais.

Questionado sobre as relações com a Rússia, Correia e Silva garantiu que Cabo Verde não tem dependência das relações com o país. “A Rússia não nos impõe qualquer posicionamento. As relações diplomáticas que existem vão continuar a existir, sem condicionamentos por parte desta guerra”, assegurou.

A Cimeira pela Paz na Ucrânia, aconteceu na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2024: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.