RACS pede um acordo de mobilidade no quadro da CPLP para facilitar estudantes e docentes da área da saúde

4/05/2023 09:45 - Modificado em 4/05/2023 09:46

O presidente da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia (RACS), Jorge Conde, exortou a necessidade urgente de um acordo para a mobilidade de estudantes, docentes e funcionários da área da saúde. Este pedido foi feito durante a 5ª Reunião Internacional da RACS que arrancou hoje na Universidade do Mindelo em São Vicente.  

Jorge Conde destacou os desafios que as instituições da rede enfrentam quando seus professores, pesquisadores e estudantes querem fazer a mobilidade entre diferentes países.

“É urgente um acordo no quadro da CPLP que garanta que o estudante, o professor, ou o funcionário não sente que pretende realizar uma mobilidade normalmente inferior a 6 meses de duração no outro país onde possa fazer com regras transfronteiriças aligeiradas, quiçá sem visto”, exortou Jorge Conde.

No entanto, ciente das dificuldades, disse que é preciso que todos os envolvidos na rede se organizem para que possam criar condições para garantir às instituições reguladoras dos diversos países “qualidade alta e transversal” a todos os membros da rede.

O presidente da RACS lembrou que esta rede nasceu há 5 anos e tem vindo a fazer um caminho de afirmação contando já com 51 instituições do ensino superior filiadas distribuídas por Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

“Levamos 2 anos de pandemia onde as atenções estiveram direcionadas no outro sentido. Há, no entanto, muito por fazer e muitas dificuldades para ultrapassar”, disse.

O mesmo avançou que estão em funcionamento 17 núcleos que representam uma diversidade dos interesses científicos das pessoas que representam as instituições. “Isto é um sinal de força e de um caminho de afirmação como instituição científica, desenvolvendo trabalho para os nossos interesses dos nossos países”, sublinhou.

Um outro projeto da RACS é a revista científica Internacional que denominamos de Rev SALUS que foi criada em 2019 que já vai na sua 14ª edição.

Por outro lado, José Maria Neves, Presidente da República de Cabo Verde, em seu discurso de abertura, disse que, nesses tempos pós-pandemia, é estratégico criar redes de contatos, trabalho comum e construção conjunta de soluções em áreas essenciais como a saúde.

“As discussões, trocas de informações e decisões que serão tomadas nesta conferência certamente favorecerão a articulação entre nossas instituições e países no sentido de influenciar os processos de formação em todos os níveis, a gênese e divulgação da produção científica e o desenho de políticas públicas”, disse.

Neves enfatizou a necessidade de “pesquisa permanente e espírito inovador” para o desenvolvimento da ciência, em geral, e particularmente no campo da saúde, que considerou um “bem essencial da vida contemporânea”.

O Chefe de Estado também mencionou os profissionais da área da saúde, dizendo que o RACS contribuirá para a melhoria dos serviços de saúde, treinamento e desempenho de seus profissionais.

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, presidiu ao 5.º Encontro Internacional da Rede Académica de Ciências da Saúde dos Países Lusófonos (RACS), que decorreu no auditório Onésimo Silveira da Universidade do Mindelo, em São Vicente.

O programa científico, que arrancou esta quarta-feira, decorrerá até 5 de maio e inclui 141 trabalhos, mais de 90 dos quais são apresentações orais e cerca de 50 posters de 11 áreas das ciências da saúde e outras áreas afins. O evento contou com a presença de professores, estudantes e profissionais de saúde de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

AC – Estagiária

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