Parlamento: PAICV qualifica de “desastrosa” governação do MpD na antevisão da sessão parlamentar

11/06/2024 15:16 - Modificado em 11/06/2024 15:16

O grupo parlamentar do PAICV (oposição) indicou hoje que não suporta a governação “desastrosa” do MpD (poder) acusando o mesmo de “ter agido, e só, depois pensar nas consequências”.

A afirmação foi feita pelo porta-voz do grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Hipólito Barreto, em conferência de imprensa para balanço das jornadas de preparação para a sessão parlamentar de Junho, que se inicia na quarta-feira, 12.

Segundo a mesma fonte, para além das iniciativas legislativas, durante a preparação o PAICV estribou-se em quatro eixos, nomeadamente a agricultura e ambiente, ao cadastro, à habitação e também a investimentos. 

“Quanto à agricultura, isso que ninguém tem dúvida que falta visão para o mundo rural por parte do actual ministro da Agricultura e do Ambiente”, disse, citando dados de 2016 até 2023 que apontam que a taxa de emprego que era de 41.253 passou para 14.820, ou seja, realçou, indica uma redução de 64 por cento (%).

Por isso, afirmou que houve “desinvestimento e abandono” do mundo rural, tendo exemplificado com a falta água para a agricultura e para a criação de gado, e também para o consumo doméstico, para quem não é por acaso que há o êxito rural. 

Segundo afirmou, o primeiro-ministro e o ministro da Agricultura estão a se preparar para despovoar o mundo rural, por falta de uma política para o meio rural.

Em relação à habitação, lembrou que há poucos dias a ministra das Infraestruturas, Ordenamento Territorial e Habitação apontou um déficit de 40 mil casas para reabilitar e 14 mil para construir. 

“E quem não se lembra da Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH), que foi criado em 1982, e, realmente o PAICV, sim, teve instrumentos que dão respostas àquilo que são as necessidades em termos de habitação qualitativa e quantitativa”, recordou, acusando a actual governação de não ter um plano que dê respostas às necessidades habitacionais das famílias.

Pois, afirmou, as barracas proliferam por causa de más políticas, acrescentando que quanto aos investimentos, infelizmente está-se a assistir um Governo que tem feito apenas propostas, projectos e discurso.

“E o PAICV não pode ficar calado perante aquilo que esse Governo tenta vender para as pessoas. Nós temos que tomar uma decisão e denunciar tudo aquilo que foi prometido. Estamos a falar que foi prometido estradas, foi prometido iluminação dos aeródromos”, apontou, de entre várias outras.

Sobre a situação de assoreamento em que se encontra o Porto do Maio atribuiu responsabilidade ao Governo, mais precisamente à ministra das Infraestruturas, Habitação e Ordenamento do Território, Eunice Silva.

“Hoje em dia para se fazer qualquer obra há a necessidade de se fazer estudos de impacto ambiental. Havia um estudo feito pelo PAICV, mas o Governo entendeu que ele é dono de tudo, manda e desmanda, e por não ter esse estudo de impacto ambiental, deu no que deu“, frisou.

Ou seja, acusou o MPD, de ao invés de pensar para agir, tem agido e só depois pensar no que fazer, afirmando que o PAICV não vai suportar nem mais um dia essa governação desastrosa do MPD, na medida em que, justificou, a boa governação é feita de situação e também da oposição.

Inforpress/Fim 

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