Cabo Verde precisa investir mais e “com urgência” no sector marítimo – ministro
10/06/2024 16:20 - Modificado em 10/06/2024 16:20
O ministro das finanças afirmou hoje, em São Vicente que o país tem todas as condições para fazermos do mar um setor propulsor e acelerador da dinâmica de crescimento económico em Cabo Verde, não apenas ancorado na pesca semi-industrial, mas olhando para “todos os lados”, desde dos portos, a investigação e na qualificação dos recursos humanos.
não apenas ancorado na pesca semi-industrial, mas também na pesca industrial, olhando para os transportes, olhando para os portos, olhando para toda a área da pesca, da transformação, olhando para , porque só podemos abordar o tema do mar se investirmos na qualificação dos recursos humanos, não só na área técnica, mas também na área da investigação.
E para isso, garantiu, é preciso ter cientistas, biólogos para poderem dominar o conhecimento e perspectivar aquilo que serão as ações e as tendências em relação ao futuro. “Então temos aqui um campo enorme, mas temos de investir, investir com urgência”.
A afirmação foi feita por Olavo Correia durante a apresentação do Relatório Cabo Verde Economic Update, no Centro Oceanográfico do Mindelo, em São Vicente, em parceria com o Banco Mundial.
Aliás, afirma que o país está a trabalhar com a União Europeia no quadro do programa Global Gateway. “Já temos de acordar cerca de 300 milhões de euros para o setor dos portos, mas também da transição energética, que vai ser investido particularmente aqui nesta zona norte, na ilha de São Vicente, na área dos portos, na área das pescas, mas também em Santo António, na área dos portos, por forma que possamos criar aqui uma capacidade em termos de infraestruturas, mas também em termos de negócio”
E para além disso, defendeu que é fundamental a criação de um ecossistema de pequenas e maiores empresas, para que a “cadeia de valor possa ser um elemento fundamental nessa nova estratégia”, isso porque, alega que não vale a pena apenas trazer grandes investimentos e grandes investidores.
“É fundamental que possa emergir em São Vicente e em Cabo Verde, ao longo desse conceito da Zona Econômica Especial Marítima. Uma cadeia de pequenas e maiores empresas, ao longo de toda essa cadeia de valor do mar, para que possamos gerar empregos qualificados e bem remunerados para os nossos jovens, a partir do epicentro em São Vicente, mas depois podendo alastrar-se para todas as demais ilhas de Cabo Verde”, sustentou.
O apelo do Governo não é fazer, é ajudar a fazer acontecer, é criar oportunidades para que o setor privado invista, porque não é o Estado que vai fazer mudar o contexto econômico em Cabo Verde, diretamente.
Rosa Brito, Economista para Cabo Verde do Banco Mundial, diz que o Relatório Economic Update é um relatório que o Banco Mundial prepara todos os anos.
“Geralmente o que nós fazemos é uma avaliação do estado da economia em 2023 e projeções para o curto e médio prazo, neste caso para 2024 até 2026 e depois oferecemos algumas recomendações, opções de política para melhorar ou para fortalecer a economia”.
O relatório refere ao crescimento económico de 5,1% em 2023 que é uma desaceleração em relação a 2022, onde Cabo Verde teve um crescimento de 17,4%.
EC
