A equipa de São Vicente sagrou-se bicampeã ao vencer a segunda edição da TriOcean realizada hoje, na Cidade da Praia, e que contou com a participação de 24 equipas e 72 atletas de oito ilhas do país.
Depois da primeira edição, que teve como palco a cidade do Mindelo, a terceira edição foi realizada esta manhã na Cidade da Praia envolvendo as modalidades de natação, ciclismo e atletismo.
A equipa de São Vicente, composta por Bruno Fernandes atleta de natação, Nélio Cruz atletismo e Artur Silva ciclismo, venceu o primeiro lugar na competição sagrando-se bicampeã da segunda edição do TriOcean, tendo o atleta Bruno Fernandes salientado que o sentimento é de “muita alegria” porque defenderam o título alcançado na primeira edição.
“Estamos muito felizes com a nossa conquista, aliás o sentimento é de dever cumprido porque conseguimos nos sagrar bicampeões, então, estamos muito felizes com o resultado alcançado aqui na Praia fora da nossa ilha. Não foi fácil, mas acreditamos que seríamos capazes de vencer”, salientou.
Já em segundo lugar ficou a equipa de Santiago, composta por Wilson da Luz, José Evanês e Patrick Almeida, tendo Wilson da Luz manifestado a sua satisfação com o resultado alcançado, afirmando que foi um trabalho de equipa que exigiu muito esforço e muita entrega.
“Estamos contentes porque ficamos em segundo lugar, fizemos muito esforço para chegarmos onde chegamos, e que a cada ano possamos nos esforçar para melhorar os resultados. E queria também sublinhar que essa não é somente a vitória da equipa de Santiago, mas também de Cabo Verde”, declarou.
Por seu turno, a equipa do Sal, composta por Eliezer Soares atleta de ciclismo, Cândido Costa atletismo e Ailton Lima de natação, que na primeira edição conquistou o segundo lugar, este ano, ficou em terceiro lugar.
“Queria parabenizar o meu atleta de natação que fez uma excelente prova, saindo da água em primeiro lugar, infelizmente a prova não me saiu como estava à espera, perdi um pouco de tempo o atleta de atletismo também perdeu um pouco de tempo, e acabamos por ficar em terceiro lugar. Não era esse o esperado porque viemos para vencer, mas infelizmente não conseguimos e queríamos parabenizar os vencedores”, disse Eliezer Soares.
Ao tecer declarações à imprensa sobre o evento, promovido pelo Ministério do Mar, o ministro Abraão Vicente explicou que o objectivo desta iniciativa é juntar as provas, criar dinâmica na cidade, mostrar que o mar está ligado à terra e que tudo aquilo que acontece no oceano tem a ver com as práticas feitas aqui na terra.
“Esta prova é uma forma simbólica de ligar três provas. Temos cerca de 20 equipas a fazer essa ligação, sempre a começar pelo mar e a voltar a terminar na orla costeira. É um movimento de celebração do oceano, de maior consciencialização e é esse grito de alerta de que já falamos muito, durante muito tempo sobre o oceano e é preciso começar a ter acções concretas em que todos se sintam envolvidos”, declarou.
No entender de Abraão Vicente, envolver três equipas, de três modalidades diferentes, numa obra de certa forma criada pelo Ministério do Mar em Mindelo, é uma forma de celebrar também a cidade e celebrar o quotidiano.
“E o nosso objectivo é, de certa forma, registar este modelo de Tri Ocean, que basicamente são três modalidades, por três equipas diferentes. Ao contrário do Triathlon, que é internacionalmente conhecido como uma prova de esforço em que um atleta faz todas as modalidades, a nossa ideia aqui é também apelar ao trabalho de equipa”, concluiu.
O valor do prémio para o primeiro lugar é de 90 mil escudos, 75 mil escudos para segundo lugar e 60 mil escudos para o terceiro lugar, tendo o ministro adiantado que para o próximo ano o valor do prémio para o 1º lugar será de 250 mil escudos.
O Tri Ocean que celebra o Dia Mundial dos Oceanos, assinalado a 08 de Junho, tem como objectivo, também, combater a poluição do mar, proteger o ecossistema marinho por forma a reverter o curso da previsão catastrófica para 2050 de um oceano com mais lixo do que peixes.
O Dia Mundial dos Oceanos pretende lembrar a importância dos oceanos enquanto “pulmões do planeta”.
Este dia foi proclamado através da Resolução 63/111 adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 5 de Dezembro de 2008 e é assinalado por muitos países, especialmente depois da Conferência sobre o Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro em 1992.
Inforpress