Esta é a segunda vez que o engenheiro electrotécnico, reformado, Carlos Araújo vai se candidatar à Câmara Municipal de São Vicente. Depois da participação em 2000 como candidato da UCID, agora, 24 anos depois, avança como independente ao Paços do Concelho. Diz que o objetivo é conquistar a autonomia da Ilha de São Vicente e que a sua única força é a força dos sanvincentinos.
“Conquistando a Câmara, o meu objetivo é começar imediatamente um trabalho para ligar o povo da Ilha à volta de um projeto de autonomia”, começou por explicar o pré candidato de 74 anos de idade, que assegurou que ao longo dos anos tem estudado a ideia de autonomia. E acredita que o país não avança mais, porque os políticos não possuem uma organização correta que lhes permite ir mais longe.
E por isso, acredita que é a pessoa ideal para guiar a ilha, com o seu projecto de autonomia.
Uma ilha com duas assembleias. Uma assembleia eleita e outra Assembleia que é constituída para o povo, para as forças vivas de São Vicente e nesta assembleia, garante que a comunicação social terá um papel importante. “A comunicação social para mim é fundamental e vamos ter que ter a nossa própria televisão em São Vicente”, apontou.
Carlos Araújo, diz que é possível a ilha ter mais uma cidade e elege a zona de Palha Carga, como o local ideal para esta construção.
Com uma equipa dinâmica diz que a equipa camarária vai sendo construída tendo em conta as necessidades da ilha. A lista ideal para dirigir a ilha, afirma que é uma lista só de mulheres. Embora não descarte a ideia de uma lista equilibrada, mantém-se fiel ao seu projecto de uma equipa 100% de mulheres. E para a Assembleia Municipal, pessoas da Terceira idade para pensar no futuro da ilha.
Defende que fez uma boa campanha na altura, mas sem muito empenho na sua pessoa. “Essa campanha era liderada por outras pessoas”, agora, após algumas intervenções no terreno, deu-lhe mostrar que as pessoas querem um candidato independente.
E que no terreno, em contacto com as pessoas, encontrou todas as condições de ganhar a CMSV com a maioria absoluta. “É o que eu encontrei. Se vou ter a capacidade para fazer isto ou não, não sei”, atirou Carlos Araújo.
Sobre esta autonomia, diz que este é um projecto a ser negociado com a nação, representada na Assembleia Nacional. “Uma autonomia onde Cabo Verde vai sair a ganhar e São Vicente vai sair a ganhar”, contudo reconhece que este é um projecto que não tem base legal, mas que será efetivada quando chegar à presidência câmara vai espera contar com o apoio do povo e assim, num processo revolucionário efetivar este processo.
Elvis Carvalho