O Ministro do mar, Abraão Vicente, criticou duramente aquelas que considera “propostas eleitorais” feitas pela Comissão Ad-Hoc Mais São Vicente para a reabilitação da orla marítima de Matiota, classificando-as como “descabidas e sem cabimento”, por carecerem de estudos de impacto necessários para sua viabilidade.
Após o descerramento da placa “Padrinhos do Mar” na orla marítima de Matiota, o Ministro da Cultura, Abraão Vicente, teceu duras críticas às propostas feitas pela Comissão Ad-Hoc Mais São Vicente no passado dia 31 de maio sobre a deslocalização de empresas para a valorização orla marítima de Matiota e Laginha.
O governante destacou a falta de estudos de impacto e acusou a comissão de oportunismo eleitoral.
“Fazer propostas sem ter a mínima noção dos custos e do impacto na cidade é muito fácil. É muito fácil desaparecer durante 4 ou 5 anos de mandato e depois aparecer em períodos eleitorais. São propostas descabidas porque são apenas propostas que são feitas para aproveitar o momento eleitoral”, afirmou o ministro.
Abraão Vicente reforçou que as obras de reabilitação da orla já têm um concurso lançado e um vencedor definido, com início previsto para as próximas semanas. “Quem está a gerir o lançamento do concurso, tanto este concurso como o da reabilitação da orla marítima, da frente marítima de São Vicente, é a Enapor, que também vai ser o financiador”, explicou.
Aos jornalistas, o ministro enfatizou a importância da responsabilidade ambiental das empresas que utilizam a orla marítima para suas atividades comerciais. “A partir de agora com esta placa, basicamente, ao pé da Cabonave, fica claro quem toma conta desta praia e quem é responsável também por investir parte dos seus lucros, do seu rendimento para a preservação desta praia.”
O ministro expressou esperança de que a população de São Vicente esteja atenta a propostas sem fundamento e se comprometa com ações concretas. “Eu espero que as coisas vão num ritmo acelerado e não apareça nenhuma força bloqueadora, como sempre tem aparecido aqui em São Vicente, pessoas que se organizam para impedir que as coisas sejam feitas…Aquilo que houver com erro, nós corrigiremos”, comentou.
Com o descerramento da placa, na zona balnear Pedra de Doca, em São Vicente, a empresa CABNAVE é oficialmente “padrinho” desta área costeira, enquadrado no projeto “Padrinhos do Mar” do Ministério do Mar.
Abraão Vicente mencionou a reinstalação da piscina como uma primeira etapa das obras e um sinal do compromisso das empresas com a reabilitação da área. Algo que será feito nas próximas semanas, dando início aos trabalhos.
Segundo o PCA da Cabnave, Ivan Bettencourt, a empresa vai“repor a sua história, tratar bem da parte da Pedra de Doca, bem como tudo que está no Chã de Alecrim”.
Este responsável aproveitou para avançar que no próximo sábado haverá uma campanha de limpeza feita pelos funcionários da Cabnave em Pedra de Doca, para que na próxima semana se avance uma data para quando vai ser instalada a piscina oceânica no espaço.
“A ENAPOR já elaborou o projeto de requalificação e nós, nesse momento, já estamos a ver o projeto para ver o contributo da Cabnave dentro do projeto juntamente com a ENAPOR, a responsável por toda a concessão dessa parte de terreno.Já que os estaleiros navais é a concessionária que gera essa parte, nós estamos sempre dispostos a contribuir para o melhor da Pedra de Doca”, conclui o PCA da Cabnave.
AC – Estagiária