As autoridades sanitárias da cidade do Porto Novo, ilha de Santo Antão, continuam a alertar os cidadãos sobre os riscos que a utilização das praias contaminadas pelo vazamento de esgotos tem para a saúde pública, mas o certo é que as pessoas estão a ignorar esse alerta pondo em risco a própria integridade física.
No Município do Porto Novo existem casos de praias que estão a ser contaminadas porque a inexistência de uma nova rede de esgoto permite que as águas sujas desagúem no mar por via de condutas. É o caso das praias de Quitinha, de NhâVininha e do Armazém que não são apenas utilizadas pelos pescadores para actividades pesqueiras, mas ainda pelos banhistas.
O certo é que com o aproximar-se do Verão, os portonovenses começaram a frequentar as zonas balneares, de entre elas, algumas contaminadas pelos esgotos que são despejados ao longo da orla marítima da cidade do Porto Novo.
A praia do Armazém é a mais afectada, estando interdita desde 2007, apesar de ser uma das praias mais frequentadas no concelho do Porto Novo, onde ainda se realizam também eventos desportivos e culturais que acabam por atrair pessoas ao local. De realçar que a Delegacia de Saúde do Porto Novo mantém o trabalho de prevenção e de combate no sentido de evitar a utilização dos locais que perigam a saúde pública.
Quanto à rede de esgotos na cidade do Porto Novo, há mais de dez anos que está saturada e a Câmara Municipal do Porto Novo defende que a solução do problema do vazamento das águas sujas no mar passa pela instalação de uma nova rede de esgotos que consiga responder às necessidades dos munícipes.
Em 2009 a Câmara Municipal do Porto Novo obteve financiamento da Cooperação Espanhola para o estudo do projecto de rede esgotos e tratamento das águas residuais. Infelizmente, os financiamentos da cooperação internacional têm de ser avalizados pelo Governo. Rosa e os seus colegas do PAICV forçaram o Governo para não conceder o aval, com o argumento de que assim poderiam perder eleições. E agora Rosa?
As pessoas fazem o que lhes dão na telha, violam as leis sobre a Vigilância Sanitária, e creio existir autoridades para repor a ordem, existem e são pagas. É inaceitável os banhistas dizer que estão acostumados e pronto. Praia do mar interditado, expor a muitas doenças daquela forma é desafio claro às autoridades locais e esses jovens poderão comprometer em absoluto a gestão sanitária daquele concelho.