Centro de Saúde de Ribeirinha desmente informação sobre vários casos de tuberculose na localidade

26/05/2024 20:46 - Modificado em 26/05/2024 20:46
Centro de Saúde da Ribeirinha – São Vicente

Reagindo às recentes alegações de um surto de tuberculose na comunidade de Ribeirinha, São Vicente, a médica Leila Gonçalves, responsável pelo Centro de Saúde local, esclarece que apenas cinco novos casos foram registrados este ano, desmentindo rumores que causaram uma certa inquietação.

“Foi veiculado nos órgãos de comunicação social que Ribeirinha tem muitos casos de tuberculose, mas são somente cinco casos este ano até ao momento. É desmentir que há muitos casos…isto está a gerar alguma inquietação”, afirmou Leila Gonçalves em entrevista exclusiva ao Notícias do Norte.

Segundo a médica, a equipa do centro de saúde tem trabalhado para identificar e controlar focos da doença. “Sobre a tuberculose, temos verificado um provável foco, daí que temos trabalhado com as pessoas. Temos feito muitas abordagens nos focos que já temos identificados, orientações quanto ao arejamento do ambiente. Damos orientações sobre as formas de contato”, explicou.

Os novos casos estão sendo tratados no Centro de Saúde de Ribeirinha, onde são adotadas medidas rigorosas para evitar a propagação da doença. “Os casos novos estão em tratamento connosco. Temos estado a fazer nosso trabalho no sentido de evitar ou diminuir a propagação de doenças na comunidade. Fazemos despistes das pessoas em tratamento, damos-lhes medicação diária sob observação. Para os que não conseguem se deslocar ao Centro de Saúde de Ribeirinha, vamos até eles para medicá-los e garantir que tratamos a pessoa”, detalhou Gonçalves.

Além da tuberculose, a recente feira de saúde organizada pelo centro teve como objetivo realizar despistes de várias doenças, incluindo HIV, malária, diabetes e hipertensão. “Foi uma feira de despiste de várias doenças e não no foco de tuberculose. Além de despistes de tuberculose, foram também despistes de HIV, de paludismo, diabetes, hipertensão, entre outros”, esclareceu.

A médica enfatizou a importância das medidas preventivas e da conscientização da comunidade para controlar a disseminação das doenças. Com isso a responsável chama atenção para manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar, proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse) e evitar aglomerações.

Sobre o HIV, a responsável destacou o aumento de novos casos na comunidade, especialmente entre a população em idade reprodutiva.

“Ainda não conseguimos fazer um balanço por alto, mas temos tido muitos novos casos. De uma forma geral, temos sobretudo na faixa de idade reprodutiva. Em todas as faixas etárias temos estado a verificar novos casos, principalmente na adolescência, em que conseguimos detectar a doença às vezes no pré-natal”, afirmou, acrescentando que há casos também em pessoas de terceira idade.

AC – Estagiária

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