Primeiro de Maio: Presidente da República destaca capacidade de resiliência dos trabalhadores cabo-verdianos

1/05/2023 13:43 - Modificado em 1/05/2023 13:43

 Presidente da República, José Maria Neves, destacou hoje a capacidade de resiliência dos trabalhadores cabo-verdianos em relação à situação socioeconómica que neste último ano foi “de muito sacrifício e de perdas”.

Numa mensagem alusiva ao Dia Internacional do Trabalhador, que se celebra hoje, o chefe de Estado lembrou que “nos últimos anos, a situação socioeconómica dos trabalhadores cabo-verdianos neste último ano foi igualmente de muito sacrifício”.

E que a persistente inflação, segundo o Chefe de estado, vem degradando, de forma continuada, o poder de compra dos trabalhadores, sendo que, em muitos casos, o salário já não cobre as necessidades básicas, servindo apenas para sobreviver. O cenário é, salientou, também, de acentuado desemprego e de precarização dos empregos, com muitos trabalhadores a sentirem-se desamparados, com as suas famílias a passarem por muitas dificuldades.

“Com efeito, este conjunto de circunstâncias adversas tem penalizado os cabo- verdianos e, principalmente, as mulheres chefes de família, que são as mais pobres de entre os pobres de um país empobrecido. O futuro da nossa economia demanda que sejamos mais assertivos, mais metódicos e mais organizados, de forma a eliminarmos as disfunções do presente”

E exemplifica com a conectividade deficiente entre as ilhas, que segundo o mesmo tem constituído em um fator inibidor do desenvolvimento do arquipélago. “É um quadro que reduz drasticamente a atividade económica, cerceando as potencialidades de negócios, enfraquecendo a dinâmica de comércio, com todos os efeitos negativos daí advenientes”.

” Os trabalhadores cabo-verdianos já deram bastas provas da sua capacidade de resiliência e de superação. Ultimamente, já consentiram muitos sacrifícios e perdas e anseiam pela recuperação dos seus rendimentos e do poder de compra, para benefício das suas famílias, o que só acontecerá na sequência de um impulso mais forte na economia, revitalizando-a”.

E que face à presente conjuntura, os trabalhadores devem reconhecer a necessidade de um djunta mon na defesa das conquistas e dos direitos, com vista à superação deste momento mais difícil, da defesa de uma vida mais digna.

“É de reconhecer que chegamos a este estádio de desenvolvimento, graças ao fruto do trabalho abnegado de sucessivas gerações de cabo-verdianas e de cabo-verdianos, nas mais diversas áreas. Nesta data emblemática para a classe trabalhadora, e quando a precaridade laboral ganha terreno, o papel dos sindicatos adquire uma relevância particular.

E apela a união de todos na defesa dos direitos dos trabalhadores.

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