Análises descartam presença da bactéria shigella na ilha do Sal

9/03/2023 16:03 - Modificado em 9/03/2023 16:03

As análises realizadas até agora descartam a presença de bactérias Shigella na ilha do Sal e logo de momento está afastada a hipótese de casos de Shigelose, diarreia com sangue ou gastroenterite aguda nem em turistas, nem em residentes.

A informação é avançada pela presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) em declarações à rádio pública que certifica que a equipa multidisciplinar reúne-se hoje para a retirada de conclusões mais consistentes.

“O Ministério da Saúde manteve o aumento de casos de diarreia com sangue para suspeitar de Shigella em Cabo Verde, e por outro lado, esta equipa multidisciplinar também tem a participação de outras entidades como a própria Entidade Reguladora Independente da saúde que responde pela Codex Alimentarius aqui em Cabo Verde que tem a ver com a segurança alimentar”, avançou Maria da Luz Lima.

Nesta reunião serão tratadas ainda outras questões alimentares, nomeadamente a vigilância ambiental, desde o tipo de água que é distribuído nos hotéis, como é que se processa toda a cadeia alimentar, onde os alimentos são adquiridos, como são manipulados, transportados, conservados, porque, segundo esta responsável, são essas condições que podem criar situações propícias ao desenvolvimento de microrganismos, de entre os quais a shigella que é o agente desta doença diarreica que se chama shigelose.

Maria da Luz Lima acrescentou que as investigações estão a ser exaustivas, pois todas as unidades hoteleiras na ilha do Sal vão ser inspecionadas, com foco nos estabelecimentos que foram identificados os turistas com o surto.

Para a semana, a ERIS vai fazer visitas a outros hotéis que teoricamente não foram identificados casos, mas fora do país, porque em Cabo Verde não temos este registo”, adiantou.

A investigação epidemiológica em curso tem por finalidade verificar se há sinais da bactéria, a ponto de provocar algum surto de shigelose nos termos reportados pelo Centro Europeu de prevenção de controle de doenças segundos os quais os termos foram afetados turistas de 12 países que estiveram no Sal, nomeadamente em Setembro do ano passado.

A presidente do INSP explicou que essas diarréias não têm um período de incubação muito prolongado, podendo variar entre 24 a 48 horas. “São doenças relacionadas com a ingestão de alimentos contaminados, portanto em 24 a 48 horas aparecem alguns sintomas. É uma situação que estamos a analisar com alguma serenidade”, disse.

Maria da Luz Lima recorda que em todos os concelhos há epidemiologistas treinados em e estão capacitados para lidar com eventuais surtos.

Comente a notícia

Obrigatório

Publicidades
© 2012 - 2023: Notícias do Norte | Todos os direitos reservados.