UCID responsabiliza os sucessivos governos pela “má distribuição da riqueza nacional” e “falta de oportunidades” 

28/02/2023 12:43 - Modificado em 28/02/2023 12:43

Na sessão plenária deste mês de fevereiro no parlamento, a União Caboverdiana Independente e Democrática (UCID), voltou a culpar o governo por aquilo que considera “má distribuição da riqueza nacional”, enquanto que o primeiro-ministro reafirmou que a erradicação da pobreza extrema até 2026 é um “desígnio nacional”.

O deputado e presidente da UCID, João Santos Luís, responsabilizou a “má distribuição da riqueza nacional” e “falta de oportunidades” pelo agravamento da pobreza extrema no país, devido à “incapacidade” dos sucessivos governos em conceber “políticas económicas adequadas”.

Este líder reagia ao discurso de Ulisses Correia e Silva, que após elencar um conjunto de medidas que constam da Estratégia Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema até 2026, sublinhou que este plano é um “desígnio nacional”.

“O desígnio nacional passa pelo compromisso e pela participação. A participação e o engajamento das pessoas, das famílias, das comunidades, do Governo, das CM’s, das ONG’s, das Associações, das Igrejas e dos Parceiros de desenvolvimento”, reafirmou o chefe do governo que aproveitou para convidar os cabo-verdianos “para esta grande empreitada que é desenvolver Cabo Verde sem pobreza extrema”.

Este debate se realiza em torno do tema ‘Estratégia Nacional para a Erradicação da pobreza Extrema’. Segundo dados oficiais, cerca de 13,1% da população do arquipélago vive em situação de pobreza extrema.

Ulisses Correia e Silva apontou os exemplos das recentes qualificações para os campeonatos do mundo das seleções masculinas de basquetebol (garantida no domingo passado, o mais pequeno país qualificado para uma fase final) e de andebol.

“É com essa mesma capacidade de superação que vamos conseguir erradicar a pobreza extrema. É um imperativo, é um desígnio nacional, de todos os cabo-verdianos”, afirmou.

Já o PAICV, responsabilizou o Governo pela regressão no combate à pobreza extrema, prontamente negado pelo primeiro-ministro. João Baptista Pereira líder do grupo parlamentar do PAICV sublinhou que “a trajetória de redução da pobreza absoluta no país, da erradicação da extrema pobreza e da redução das desigualdades em os cabo-verdianos está a sofrer uma inversão preocupante”.

AC – Estagiária

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