Prémio Kakoy, o prémio do carnaval espontâneo regressa ao carnaval 2023

15/02/2023 13:14 - Modificado em 15/02/2023 15:09
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O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC), através do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design vai atribuir o prémio Kakoi para o melhor grupo ou apresentações individuais do Carnaval Artesanal 2023 em São Vicente, no dia 21 de fevereiro. Neste dia todos os caminhos vão dar às principais artérias da cidade do Mindelo, São Vicente.

E a semelhança das edições anteriores, o Centro Nacional de Artesanato e Design – CNAD prepara-se para mais uma edição do prémio KAKOY, que visa reconhecer e valorizar o Carnaval espontâneo, que é um elemento diferencial do Carnaval mindelense.

Com os desfiles oficiais, agendados para o final do dia, a partir das 18:30, os grupos terão mais tempo de mostrarem os seus trabalhos, que há alguns anos tinha sido relegado para outros planos e voltam a ganhar evidencia.

No dia do Carnaval, 21 de fevereiro de 2023, serão avaliados foliões individuais e grupos de 3 a 10 pessoas no percurso do Carnaval do Mindelo – que se destacam pela criatividade, originalidade, presença, mensagem e reação do público.

A entrada dos grupos está prevista para às 16h na rua de Lisboa. A última entrada na rua de Lisboa será às 17h30. Não serão contemplados grupos de animação que se inscrevem na Câmara Municipal de São Vicente com o propósito de animar o Carnaval.

A entrega dos prémios será feita no dia 22 de fevereiro, na rua de Lisboa, às 15h30. Os vencedores receberão, além de um valor monetário, uma estatueta concebida pelo artista plástico Bento Oliveira e elaborada pelo Atelier PIKÁ.

Na edição de 2020, a 5ª, o grupo que segundo a organização trouxe uma mensagem sobre a escravatura e os efeitos que ela teve em Cabo Verde e no mundo em geral, foi o vencedor na categoria Prémio de Grupos, arrecadando um montante de 40 mil escudos.

Premio ‘Kakoi’ é um prémio anual que visa “estimular o Carnaval espontâneo, que em tempos foi considerado o elemento diferenciador do Carnaval mindelense”, sobretudo, pela “capacidade criativa e originalidade das pessoas”, que no dia do Carnaval se metamorfoseiam e “criam objectos e peças dignos de admiração”. Esta será a quinta edição do prémio Kakoi.

No dia do Carnaval, 21 de Fevereiro de 2020, antes do desfile oficial serão avaliados grupos e pessoas individuais que se destacam pela sua capacidade criativa e originalidade demonstradas no percurso do Carnaval de Mindelo na Rua de Lisboa.

O prémio Kakoy é muito importante, tendo estimulado os sanvicentinos a trazerem todos os anos para a Rua de Lisboa mensagens fortes e reais sobre diversos acontecimentos no mundo. Para já deixa o pedido que é preciso uma maior adesão das pessoas para participarem no carnaval espontâneo pois, no seu entender é um marco do carnaval mindelense e o que representou Kakoy e todo o seu legado.

O prémio KAKOY foi instituído em 2016 pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas (MCIC), através do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD) e visa encorajar a criatividade do Carnaval Artesanal.

Cacói (Ricardo António Francisco) figura de destaque do Carnaval Mindelense dos anos 70 e 80 conhecida por todos pelo seu habitual traje e penteado à indio Apache.

Em relação aos desfiles em si, o presidente da LIGOC, em entrevista ao programa da TCV Sociedade aberta, afirmou que desde de 2010, o carnaval de São Vicente tem sofrido grandes transformações. “Os grupos estão mais unidos, tem mais poder e temos tido o regresso dos grupos históricos de São Vicente”, realçou Marco Bento, que considera que “na última década vemos uma transformação do carnaval onde realmente as pessoas são beneficiadas”.

“Quando dizemos isso, falamos do artesão das costureiras, o carnavalesco, que quando pensa e executa o carnaval ganha muito. Carnavalesco ganha devido ao esforço que fazem para colocar o grupo nas ruas. Fazem o enredo, estão nos estaleiros acompanhando e orientando os trabalhos. Alguns deles tem outras valências, como a coinfecção das roupas de rainha e rei.

Marco Bento diz que o Objetivo da Ligoc é transformar o carnaval numa indústria que reconhece, já existia mas que não era organizada. “O impacto económico ainda não foi mesurado como deveria ter feito” admitiu.

Em relação as bancadas, vai haver um aumento de 500 escudos, como forma de “acelerar” o retorno do investimento feito nas bancadas. “Vão custar entre 1500 a 2000 escudos e na Praça Nova vai ser 1.000 escudos. “Um ligeiro aumento para de forma a reaver este investimento”, apontou.

EC

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