Operação Zorro: Processo é arquivado após Justiça brasileira entender inocência dos velejadores brasileiros

5/02/2023 12:11 - Modificado em 5/02/2023 20:28
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Foto: Reprodução/TV Bahia

O processo da Operação Zorro, que envolvia três velejadores brasileiros foi transferido para o Brasil em agosto de 2022, para que fossem sejam julgados pela corte brasileira. E neste ano, agora em janeiro, a justiça brasileira decidiu pelo arquivamento do caso, entendendo que os três brasileiros são inocentes.

A Justiça brasileira, arquivou processo contra os velejadores Rodrigo Dantas, Daniel Dantas, Daniel Guerra , que foram presos em São Vicente, Cabo Verde, em 2017. Eles foram acusados de tráfico internacional de drogas, mas a corte brasileira entendeu que eles não tiveram participação no crime.

Numa síntese dos fatos, os brasileiros e o francês Olivier Thomas foram condenados em primeira instância no âmbito da Justiça de Cabo Verde pelas práticas dos crimes de tráfico de droga e associação criminosa, contudo, interposto recurso, foi declarada pelo Tribunal da Relação de Barlavento a nulidade do julgamento e da sentença proferida (Acórdão 82/2018/2019).

Após, os condenados foram colocados em liberdade e retornaram ao Brasil. Por fim, com base em solicitação dos brasileiros e pronunciamento favorável do Ministério Publico de Cabo Verde, o Processo Crime n. 248/2017/2018 foi transferido ao Brasil pelas autoridades de Cabo Verde, tudo conforme atestam o Ofício do Ministério das Relações Exteriores do Ministério e dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional de Cabo Verde e o Ofício n. 32/GMJ/2022, do Ministério da Justiça de Cabo Verde.

Os quatro foram soltos há quase quatro anos, em 7 de fevereiro de 2019. Os velejadores brasileiros e o francês ficaram presos por um ano e meio e só foram soltos em fevereiro de 2019. O caso foi denunciado pela família dos três brasileiros à Polícia Federal, que iniciou uma investigação que apontou a inocência deles e constatou que a droga foi colocada no barco por dois ingleses, depois da própria Policia Federal ter fiscalizado o veleiro em Salvador e em Natal.

Dois ingleses que seriam donos do barco apreendido com velejadores brasileiros em Cabo Verde, na África, foram presos em 2018. Robert James Delbos foi detido em junho, na Espanha, já George Eduard Soul, que é conhecido como George Fox, foi preso em agosto, na Itália.

George Fox foi solto menos de um mês depois de ser detido. Na época, a Polícia Federal não soube informar qual a alegação da Justiça italiana para soltá-lo.

Em Agosto de 2017, o veleiro onde viajaram passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal, e liberado sem irregularidades. Ainda no mesmo mês, o barco voltou a ser inspecionado quando passou pela Ilha de São Vicente, onde mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação. Os três brasileiros e o francês foram presos.

E em dezembro, foram colocados em liberdade condicional e presos novamente, por considerar que constituíam perigo de fuga. E em março de 2018, são condenados a 10 anos de prisão.

Após alguns meses preso, em junho, o primeiro dono do barco, o inglês Robert James Delbos, é preso na Espanha e dois meses depois, o segundo dono do barco, o também inglês George “Fox”, também é preso na Europa, mas na Itália.

E em setembro, George Fox é solto pela Justiça Italiana.

E em fevereiro de 2019, o julgamento em Cabo Verde é anulado, velejadores são soltos e retornam ao Brasil.

E no ano passado, agosto de 2022 o processo é encaminhado ao Brasil para que velejadores sejam julgados pela corte brasileira.

Agora em Janeiro de 2023, o julgamento é arquivado após Justiça entender inocência dos velejadores.

NN/globo.com

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