PAICV aponta negligências ao HBS e acusa o Conselho de Administração de Inércia com aumento crescente de óbitos de recém-nascidos e de idosos

2/02/2023 18:08 - Modificado em 2/02/2023 18:08
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O Partido Africano da Independência de Cabo Verde, em São Vicente, apontou hoje, na ilha, vários pontos que considera serem negligência por parte do Hospital Baptista de Sousa, (HBS).

Os deputados do PAICV eleitos por São Vicente alertam para aquilo que consideram ser um aumento do número de óbitos de bebês e idosos “por falta de condições do hospital”.

Josina Freitas, porta-voz do partido relembra que no programa do Governo estabelece acesso universal à saúde a todos os cabo-verdianos, algo que, diz não se tem concretizado em São Vicente, no Hospital Baptista de Sousa, “que já foi uma referência” a nível nacional

Josina Freitas começa por apontar vários factos, que sustentam a posição do partido, a começar pelo “aumento crescente de óbitos de recém-nascidos, chegando a mais de cinco no mês passado (dezembro) e sem nenhuma explicação”.

Outro aspecto denunciado deve-se ao facto de existir, segundo Freitas, cada vez menos doentes a serem operados por “falta de material para cirurgia e um número crescente e alarmante de idosos que têm falecido, por falta de tratamento adequado”.

A deputada do PAICV eleita por São Vicente apresenta uma situação caótica do HBS, diz por exemplo, que se cada vez consegue-se salvar menos vidas no HBS, no tocante a prevenção, o quadro não é melhor. “Se antes o tempo máximo para fazer uma análise era de dois meses, hoje é de oito menos”. Situações que considera inexplicáveis.

Em relação a especialidades diz que não se consegue fazer citologia hoje no HBS. “Um exame que é importante para a prevenção do cancro do colo do útero, e nem a existência do aparelho de TAC prometido, diversas vezes, e que deveria estar na ilha em 2021”.

“A gestão de quadros não é a melhor. Os especialistas continuam até agora, a aguardar um enquadramento legal. São recrutados especialistas para trabalhar, mas recebem como clínicos gerais. Várias promessas por cumprir”.

Denuncia também a questão dos médicos estrangeiros que privilegiam clínicas privadas, dando consultas, fazendo cirurgias, o que segundo a mesma não é legal. “Isto está a acontecer graças ao fechar de olhos do Conselho de Administração do HBS e do Governo, que não quer ver o que está aos olhos de todos”, acusou.

Em relação ao do Conselho de Administração do HBS, diz que não querem ver o que se passa e acusa-os de não respeitarem o direito dos cabo-verdianos, ao acesso à saúde. “Algo que é grave porque o governo tem fechado os olhos a isso”.

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