O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, na sequência da atividade sísmica, registada na última madrugada na Ilha de Santo Antão e também sentida em São Vicente, garantiu em conferência de imprensa realizada hoje em Mindelo, que o fenômeno não constitui nenhum perigo à vida das pessoas.
O geofísico Bruno Faria assegurou que “não há perigo nenhum para a população de Cabo Verde e que mesmo em Santo Antão não há perigo nenhum”.
Acrescentou que este evento “poderá ter, eventualmente, causado alguns sustos na população, alguns estragos materiais muitos ligeiros, mas em termos de afetar a vida e causar ferimentos graves não terá sido possível”.
Bruno Faria explicou que na zona onde foi localizado o epicentro já foi descoberto um campo eruptivo, e que “muito provavelmente” o fenômeno esteja relacionado com o processo vulcânico.
O INMG disse ter constatado dois sismos sobrepostos, com 10 segundos de diferença. “As pessoas que sentiram em São Vicente, provavelmente sentiram as coisas a mexerem e de seguida uma explosão. Isto significa, que foram dois sismos um a seguir ao outro. O segundo foi de maior magnitude”, avançou.
Este profissional lembrou que está já é uma situação quase “corriqueira”, quando a 8 de janeiro de 2015, mais ou menos na mesma zona, já teria sido produzido um sismo de 4.5 e em anos anteriores também já tinha sido registado, neste mesmo sítio, um sismo de magnitude 4.1. nesta zona os sismos são de alguma frequência.
Quanto à monitorização, diz que é de facto uma prioridade aumentar a capacidade que temos em Santo Antão em termos de uma rede sísmica, enfatizando que o equipamento está a funcionar há 13 anos.
Segundo o responsável, o sismo registado por volta das 3h16 foi localizado a 20 km a Sudoeste da costa de Monte Trigo, na Ilha de Santo Antão, e teve como magnitude 5.1, e a profundidade em relação ao nível do mar foi cerca de 10 km.
AC – Estagiária