Os resultados das contas do primeiro trimestre de 2024 divulgados hoje apontam para uma redução do défice em Cabo Verde para 0,03% e da dívida pública para 107,9%, uma queda de 4,4% face ao mesmo período de 2023.
Conforme o documento partilhado hoje com a imprensa, Cabo Verde registou resultados positivos e uma melhoria significativa na execução orçamental no primeiro trimestre deste ano, com os indicadores a demonstrarem uma evolução consistente na gestão das finanças públicas do país.
O défice passou de 0,2% no primeiro trimestre de 2023 para 0,03% no primeiro trimestre de 2024, uma diminuição, que, segundo o Governo, reflecte um controlo mais eficiente das despesas e um aumento nas receitas.
De acordo com os resultados das contas do Estado, o saldo corrente primário apresentou uma melhoria considerável, com um valor positivo de 2.264,7 milhões de escudos, equivalente a 0,8% do PIB, valor superior ao registrado ao mesmo período de 2023, quando alcançou 1.340,3 milhões de escudos, representando 0,5% do PIB.
O documento realça também o desempenho positivo do saldo global primário, que atingiu o montante de 1.161,4 milhões de escudos, ou seja, 0,4% do PIB, superando os 792,8 milhões de positivos registados no ano passado, que foi de 0,3% do PIB.
No que se refere às receitas, os dados mostram que houve nos primeiros três meses deste ano um aumento significativo de 11,9%, ou seja, correspondente a 1.645,4 milhões de escudos, um crescimento, que segundo o Ministério das Finanças, foi impulsionado principalmente pelo aumento na arrecadação de impostos, que registou um aumento de 11,2%, e nas outras receitas, que apresentaram um aumento de 23,7%.
Em contrapartida, houve um aumento de 5,3% nas despesas face ao período homólogo de 2023, impulsionado principalmente pelas despesas com aquisição de bens e serviços, transferências, benefícios sociais e outras despesas.
De acordo com o executivo, a execução dos investimentos líquidos em activos não financeiros registou um crescimento expressivo de 77,6%, o que indica um aumento nos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento.
O relatório destaca também a redução da dívida pública, que passou de 112,3% para cerca de 107,9% do PIB, uma diminuição de 4,4 pontos percentuais, que reflecte os esforços do país em promover uma gestão sustentável da dívida.
Inforpress/Fim