A Comandante Regional do Serviço Nacional de Proteção Civil para as ilhas de Santo António, São Vicente e São Nicolau, avançou, hoje, 15 de maio, que os sete passageiros, um acabou por falecer no Hospital Baptista de Sousa, foram resgatados em alto mar a partir por um petroleiro que estava a caminho do Brasil, estão estáveis, no momento.
Vitória Veríssimo, contou que alerta foi dado na segunda-feira, através da JRCC, que enviaram um comunicado, avisando que haviam sido resgatadas oito pessoas por patrulheiro proveniente da Itália com destino ao Brasil.
“E o comunicado foi feito a dizer que já estavam nas águas de Cabo Verde e que o porto mais próximo seria o Porto Grande e que no espaço de 24 horas estariam já no Porto Grande para deixar essas oito pessoas”, começou por explicar a comandante.
Entretanto, uma acabou por falecer e conforme a Comandante Regional do Serviço Nacional de Proteção Civil foram encontradas 15 pessoas dentro da embarcação. “Sete ficaram na Piroga, no mar e só deram as coordenadas para o resgate posterior, porque como é um barco que não tinha condição de frio para trazer os cadáveres, então os cadáveres ficaram”, explicou Veríssimo.
E levaram oito pessoas para o petroleiro, entretanto uma acabou por falecer poucas horas depois, já dentro do petroleiro.
E na terça-feira, 14, uma equipa formada pela Polícia Nacional, a Polícia Judiciária, a Delegacia de Saúde e a Proteção Civil, tanto a Proteção Civil Municipal com os bombeiros e a Proteção Civil Nacional, deslocaram para fazer o resgate, o transbordo em alto mar, perto do “Djeu”,
O transbordo dos passageiros em alto mar começou por volta das 18h40, e terminaram o processo por volta 22h40, que foram transferidas diretamente para o Hospital Batista de Sousa, das sete pessoas, mais o cadáver. Foram usadas duas embarcações, uma da Guarda Costeira e uma embarcação da Polícia Nacional.
E ainda na mesma noite, uma pessoa acabou por falecer, e neste momento seis continuam em observação no Hospital Batista de Sousa.
Agora, cabe às autoridades policiais, tanto a Polícia Nacional como a Polícia Judiciária, fazer todo o processo de identificação das pessoas. “Ainda não sabemos qual é a nacionalidade, pela documentação que nós temos de uma pessoa é do Mali, mas é a confirmar ainda se é de uma pessoa que está viva ou se é de uma das pessoas que morreram”, reforçou.
Os migrantes deram a entender que estão no mar há cerca de 29 dias no mar, salientou a responsável, que diz que após terem alta, a Polícia de Fronteira faz o repatriamento para o país de origem, foi o que aconteceu com as outras pessoas.
“Por isso é que há o processo de identificação e essa parte é que é amorosa, porque nós temos que entrar em contato com os negócios estrangeiros, as embaixadas, para entrar em contato com os países de origem, certificar as identidades das pessoas, para depois podermos fazer o processo de repatriamento”.
EC
“Por isso é que há o processo de identificação e essa parte é que é amorosa, porque nós temos que entrar em contato com os negócios estrangeiros, as embaixadas”
Morosa nao amorosa