O Núcleo de Professores de Cabo Verde anunciou que os professores irão vigiar as provas gerais internas do 12º ano e lançar as datas do 2º trimestre no sistema, em uma ação destinada a garantir a continuidade dos estudos dos alunos. A medida, segundo a porta-voz dos professores, não é uma resposta ao Ministério da Educação, mas uma pausa na luta em busca de valorização e respeito pela classe docente.
Em meio a um cenário de reivindicações por valorização e respeito, o Núcleo de Professores de Cabo Verde anunciou suas decisões em relação às provas gerais internas do 12º ano e ao lançamento das datas do 2º trimestre no sistema. Segundo a representante do Núcleo, professora Leida Semedo, estas medidas visam garantir a continuidade dos estudos dos alunos, em meio às tensões entre a classe docente e o Governo.
“Depois de tanta falta de respeito e humilhação, a revolta está instalada no seio da classe docente e destina-se apenas à tutela e ao Governo”, afirmou a professora Semedo em declaração à Rádio de Cabo Verde.
A representante explicou que, embora a decisão não tenha sido motivada por ameaças ou intimidações do Ministério da Educação, representa uma pausa na luta em busca de valorização e respeito pela classe.
“Não há intimidações ou ameaças de instauração de processo disciplinar que nos façam recuar”, enfatizou a porta-voz da classe que acrescentou que “Com professores descontentes e insatisfeitos, não pode haver qualidade na educação.”
A professora Semedo destacou que a decisão de vigiar as provas e lançar as notas não é um ato de medo, mas sim uma demonstração da relação de afeto e respeito existente entre professor e aluno. No entanto, ela alertou que, caso o Governo não responda de forma satisfatória às demandas da classe docente, outras formas de luta poderão surgir em breve.
“Continuando a nossa entidade patronal com a mesma postura e sem dar resposta real à resolução das pendências e reivindicações da classe, outras formas de luta surgirão em breve”, concluiu a professora Semedo.