A revista científica internacional “Faces de Eva: estudos sobre a mulher” celebrou o seu 25.º aniversário com a publicação do número 50, e nesta edição especial, a protagonista é Celeste Fortes, uma destacada antropóloga, académica, militante e feminista cabo-verdiana.
Reconhecida como uma verdadeira pioneira no campo dos estudos de género e feminismos, Celeste Fortes tem desempenhado um papel fundamental na descolonização do conhecimento e na luta pela igualdade de género em Cabo Verde e em toda a África.
Publicada pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (CICS.NOVA), a revista “Faces de Eva” é uma referência na área e tem o intuito de promover estudos sobre as mulheres e questões de género.
Neste número comemorativo, o artigo escrito por Isabel Henriques de Jesus e Raquel Landeira destaca a trajetória de Celeste Fortes, sua dedicação ao ativismo académico e suas contribuições significativas para a pesquisa etnográfica.
Celeste Fortes tem sido uma “voz ativa na luta contra o patriarcado, a violência de género, o machismo e o silenciamento das mulheres em Cabo Verde e em África”, conforme avançou a autora.
A sua abordagem corajosa e inovadora tem inspirado estudantes, académicos e ativistas a repensarem as estruturas opressivas e a valorizarem a diversidade de perspetivas na produção do conhecimento.
Ao desafiar as normas estabelecidas e promover a abertura da academia para o mundo exterior, Celeste Fortes tem impulsionado a renovação e a revitalização dos estudos de género e feminismos em Cabo Verde.
A sua visão de uma academia comprometida com a partilha e a troca de conhecimento tem sido fundamental para o avanço na compreensão das questões de género na sociedade cabo-verdiana e além.
Através da revista “Faces de Eva”, celebra-se a coragem e o impacto das contribuições de Celeste Fortes, reconhecida pela própria Universidade de Cabo Verde, destacando-a como uma referência inspiradora para as futuras gerações de académicos e ativistas engajados na luta pela igualdade de género e na transformação social.
AC