Os cerca de 800 efectivos da Sonasa estão sem a cobertura da previdência social obrigatória devido ao não pagamento das respectivas contribuições pela entidade patronal, a Sonasa, ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
A informação foi avançada pelo presidente do Sindicato de Santiago A União Faz a Força (SSUFF) Manuel Barros, que considera ser uma situação bastante grave e que tem prejudicado os trabalhadores.
“São nove meses que a empresa faz descontos referentes à previdência social e não os envia para o INPS, isso tem causado vários constrangimentos aos vigilantes”, afirma.
E caso a situação não for resolvida, esta semana, ameaçam com uma greve ou uma manifestação.
Manuel Barros diz ainda que esta situação é do conhecimento da Inspecção Geral do Trabalho, e que a Sonasa diz que está a resolver o problema com o INPS, mas nove meses depois continuam na mesma.
Do lado da empresa de segurança privada, o director geral interino da Sonasa, Júlio Nascimento defendeu que o problema deve-se ao “sufoco financeiro”, derivado da aplicação do preço indicativo de referência, mas afirma que são poucos os clientes que pagam o preço e para complicar, foram obrigados a actualizar a grelha salarial dos trabalhadores, indicada desde Maio de 2020, “sem receber o valor que deveríamos receber para ter a capacidade de aumentar os salários”.
Mesmo com a ameaça do SSUFF, para regularizar a situação ainda esta semana, a empresa diz que até final deste mês de Julho terá resolvida a situação dos nove meses sem previdência social.