Ministro avança nova data para conclusão do Terminal de Cruzeiros do Mindelo

6/05/2024 14:48 - Modificado em 6/05/2024 14:50

Abraão Vicente havia anunciado para maio ou junho a pré-inauguração na época alta, a conclusão das obras do Terminal de Cruzeiros do Mindelo, São Vicente, e hoje em visita no local, constatou-se claramente que estão fora do prazo, embora dentro daquilo que é o plano de trabalho necessário e das condições necessárias.

Abraão Vicente justifica estes atrasos de ordem técnica, como avarias de equipamentos. Reforçando que estão na ilha praticamente todo o material necessário para a construção.

“Temos a questão da instalação das estacas, são 6 estacas por semana, um ritmo bastante lento. Mas temos aqui também a necessidade e a introdução no projeto inicial do Onshore Port Supply, que leva algum tempo e que também é um mecanismo essencial para a descarbonização dos portos”, explicou o governante, realçando que isso dará ao porto uma posição de vanguarda em relação aos outros terminais de Cruzeiros no mundo.

Com financiamento garantido, o ministro do mar assegura que estão garantidas as condições que vão permitir que o crescimento do Porto de Terminal de Cruzeiros de Mindelo seja ultrapassado, por exemplo, já este ano. “No ano passado nós tivemos menos de 200 escalas, este ano vamos ter mais de 200 escalas, um número superior a 120 mil passageiros a desembarcarem aqui no Porto de Mindelo”.

A previsão da inauguração, passa, agora, para agosto, e elenca vários condicionantes. “Com a introdução de um projeto de quase 3 milhões de euros que tem a ver com o Onshore Port Supply, a necessidade da sua instalação”, aponta.

Prosseguiu ainda que é preciso, ter em conta o contexto internacional, com a encomenda de vários materiais, e que a guerra na Palestina com o Israel, tem congestionado alguns canais e portos internacionais, que impedem a chegada de matérias-primas no país.

Diz que as pessoas têm de perceber que as construções de portos em área de mar são extremamente complexas. “E, nessa altura basta visitar aquilo que é preciso fazer no terreno para compreender que para instalar uma estaca, 6 estacas demoram uma semana, temos ainda cerca de 60 estacas para colocar”.

Abraão Vicente disse ainda que esperavam tirar uma “quantidade absolutamente extraordinária” de areia deste fundo do mar para reabilitar a praia de Lajinha, a praia de Cova de inglesa. “Não a encontramos praticamente. Tivemos que parar porque encontramos um navio que estava aqui afundado e do qual nós não tínhamos referências”.

Portanto, aponta imprevistos, mas o mais importante é percebermos que estamos dentro daquilo que é o plano de trabalho e para isso basta cumprir todos os trâmites, aponta, para agosto ser entregue à obra. “Mas nós não acreditamos que isso vai acontecer devido às dificuldades de engenharia, de trabalho e de logística internacional com o qual neste momento estamos a deparar”, concluiu.

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