A partir de segunda-feira, 20, a Inspeção-Geral das Atividades Económicas (IGAE), começa a selar os cerca de 173 alambiques em Santo Antão, numa operação que visa disciplinar a atividade de produção da aguardente no País.
Através de uma nota, a IGAE anunciou a selagem, a partir do dia 20 de Junho, dos alambiques em todas as unidades de produção do grogue em Cabo Verde, no cumprimento da legislação que regula a produção de grogue em cabo Verde, exortando os produtores à suspensão voluntária da atividade.
“A selagem dos alambiques permite disciplinar a atividade de produção do grogue para ter um produto de qualidade, geradora de rendimentos e seguro para o consumo”, explica a IGAE, que promete “continuar a dar combate à produção e comercialização no mercado nacional de aguardente produzido à base de açúcar refinado”.
Santo Antão, com uma área de mais de mil hectares coberta por cana-de-açúcar, dispõe de 173 alambiques que, entretanto, só contribuem com 20 por cento (%) da produção do grogue a nível nacional.
Dados referentes à distribuição de alambiques no arquipélago referem que existem em todo o País 389 unidades, 44% das quais situadas em Santo Antão, ilha que detém 80% do potencial de cana sacarina em Cabo Verde.
Ribeira Grande de Santo Antão é o concelho com maior número de alambiques em todo o território nacional (99), seguido por Paul, Ribeira Grande de Santiago e Santa Cruz, com 44, 40 e 37 unidades, respetivamente.
A nível de Santo Antão, com 1.034 hectares da área agrícola coberta por cana-de-açúcar e cuja produção anda à volta de dois milhões de litros da aguardente por ano, o município do Porto Novo é o que tem menor número de alambiques (30).