Quem passa pelo centro da cidade, muitas vezes, repara uma mulher pedindo esmolas juntos da sua filha, adulta e com sinais de problemas mentais. Mas o outro lado, que poucas pessoas assistem são os abusos frequentes que a jovem sofre da parte da mãe.
O caso, conforme informações apuradas por este online já foi levado ao Tribunal da Comarca de São Vicente, por várias vezes, e mesmo demonstrando que a mãe não tem condições de cuidar da filha, a justiça, simplesmente, voltou a entregar aos seus cuidados. A PN diz que mais nada pode fazer, a não ser prestar auxilio no momento.
“Já levamos o caso para as autoridades competentes, para resolverem a situação mas até agora a situação continua a mesma”.
Para os cidadãos mindelenses, a Procuradoria deve tomar providências neste caso. “Este é um caso claro de descaso da situação das autoridades, neste caso do Tribunal que deve agir e encontrar soluções para este problema”, criticam os populares que mostram-se desiludidos com o sistema.
E dizem que “infelizmente essa é a realidade nua e crua da saúde mental em Cabo Verde. Esta menina é vítima de maus tratos da sua mãe. A mãe usa-a para pedir dinheiro e essa “coitadinha” sofre nas mãos dela”.
Neusa e Miriam, mãe e filha, duas figuras que podem passar despercebidas pela cidade até sermos confrontados, com a situação de agressão que a jovem sofre. Esta segunda-feira, no centro da cidade, em frente ao Mercado Municipal, populares tiveram que agir, para por cobro a mais uma agressão. Mais um sinal claro dos abusos que a jovem sofre nas mãos da mãe. A jovem foi esbofeteada e, praticamente, arrastada pelo passeio. O que levou a intervenção de algumas pessoas que interviram e assim pôr cobro a agressão e ao arrastamento da jovem.
Acionada a Policia Nacional, os agentes ao chegarem ao local afirmaram que nada poderiam fazer a não ser encaminhar a jovem para os serviços de saúde.
Questionamos sobre a situação e este online ficou a saber que a situação de hoje foi, apenas, mais uma vez que a PN foi chamada para intervir neste caso de violência na via pública.
O problema, dizem, que a resolução do problema já não é da alçada da PN, mas sim de outras autoridades como as instituições judiciais e outras de solidariedade social, algo que a população também não entende.
“Um caso destes. Vê-se claramente que nenhuma das duas está em perfeitas condições mentais. Na jovem é mais notório, mas a mãe também pelas atitudes e pelas suas conversas percebe-se que está-se a passar alguma coisa”
“Este é algo frequente e as autoridades não estão a fazer nada. Comunicamos as autoridades, a polícia chega leva as duas e no dia seguinte voltamos a ver as duas na cidade”, critica outra mulher.
Sempre que é confrontada com a situação, a mulher alega que a jovem está sob os efeitos dos medicamentos e por isso age assim, contudo solicitada a apresentar a dita medicação, afirma que tem que ir ao hospital para serem ministrados à jovem.
“Esta é uma situação que a polícia, os serviços sociais, o hospital, devem fazer um relatório e levar ao Tribunal. Tem que haver um seguimento dos Serviço Sociais para vários dias e interrogatórios com a mãe para atestar a sua incapacidade de cuidar da Mirian. E ver se existem outros familiares que queiram receber a jovem e caso não existam , ela deve ser conduzida para alguma instituição. Provavelmente ficará melhor longe da mãe”.
“Já chamei a Polícia para a mãe da Miriam, chegaram logo e a senhora acabou por convence-los, e em vez de HBS, foram para casa. A moça estava tão agitada que, uma mãe, tê-la-ia hospitalizado na hora, daí que penso que ela também precisa urgente de apoio psicológico”.
EC