Este sábado, 04 junho, durante o jogo da Académica do Mindelo x Barreirense, a Policia Nacional (PN) foi chamada para fazer a apreensão de arcas com bebidas de algumas vendedeiras que se encontravam á frente do Estádio Adérito de Sena.
As vendeiras, chefes de famílias, após terem sido proibidas de vender dentro do estádio bebidas alcoólicas, para contornarem a situação montaram a venda a frente do local. Só que a PN eve uma resposta musculada ao enviar três viaturas e cerca de doze agentes para apreender as arcas.
As visadas respeitaram a ação dos agentes, mas insurgiram-se contra os governantes que acusam de suportar e fazer cumprir uma medida que lhes retira o único sustento que tem. Não se sabe se o Ministro da Administração, que estava na Tribuna a assistir o jogo, ouviu as reclamações.
Mas seria bom ouvir pois tudo indica que começou uma nova guerra do Balaio em São Vicente e sabe-se que não haverá policiais suficientes para apreender balaios e arcas em eventos por exemplo como o festival da Baía das Gatas, Carnaval ou outros tantos eventos.
Sim, acho que devem ser abertos trabalhos públicos para apoiar as famílias sem rendimentos. Agora, permitir a venda de bebidas alcoólicas sem ser em estabelecimentos próprios, já não concordo. Temos de combater o álcool e o alcoolismo.
Quantas pessoas já se formaram com o esforço e sacrifício consentido por mães que lutaram pela vida entrincheiradas atrás de um balaio? Eu sou um desses beneficiários. Agora vamos imaginar um cenário absurdo, mas absolutamente possível. Existem polícias cujas mães estiveram desse lado da trincheira da vida? Devem existir! Mesmo não sendo mães de polícias, são mães de outros que hoje exercem outras profissões. Imagina agora um polícia, investido com o poder que a lei lhe confere, atuando contra a sua própria mãe que ainda luta para garantir a formação dos seus irmãos menores… A situação é muito complexa e sensível e a solução seguramente não passa pela repressão dessas (desses) lutadoras (lutadores)…