O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou ontem (29) durante a entrevista coletiva com a imprensa, que a situação dos transportes aéreos interilhas vai melhorar nos próximos dias. A solução passa, no entanto, afirmou, pela atribuição de subsídios, mas recomenda com critérios. A grande entrevista foi concedida pelo PM a alguns órgãos de comunicação social para o balanço do primeiro ano do 2º mandato.
“Tem que se encontrar mecanismos, que nós estamos a trabalhar neste momento, de serviço público que possa compensar um aumento de ligações que não sejam rentáveis por parte dos operadores, mas o comum desta mesma preocupação é que nós somos ilhas”, avançou.
Questionado sobre as privatizações, Ulisses Correia e Silva respondeu que a TACV em plena retoma “anda bem”, a concessão dos portos está em curso com o melhor parceiro e garantias de estabilidade e os trabalhadores serão também ouvidos.
Correia e Silva anunciou novas empresas a caminho da alienação. “Temos em processo e poderá ser concretizado, talvez não nesta conjuntura, a Electra, a Emprofac, há também a questão da concessão dos portos marítimos, sempre procurando uma melhor solução para que possamos criar mais valores daquilo que existe atualmente”, assegurou.
O Chefe de Estado reiterou que não vai haver aumento salarial, mas que serão tomadas medidas para contornar a inflação, impulsionada pelas crises e pela guerra na Ucrânia.
Ulisses Correia e Silva admite que é preciso aumentar o rendimento das famílias e até ao final da legislatura erradicar a pobreza extrema que afeta mais de 100 mil pessoas em Cabo Verde.
“Com a conjuntura tornou a situação muito mais difícil, mas o empenho continua a ser o mesmo e temos que ter esse objetivo de longo prazo, mas fazer o máximo nesta legislatura, conseguirmos eliminar ou estar próximo dessa eliminação”, sublinhou o chefe do executivo.